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Ainda “não acredita” que chegou aos 100 anos, mas este domingo, 12 de maio, Joaquina Vieira celebrou um século de vida, junto da família, que se reuniu em casa de uma das filhas, em Penhalonga, no concelho do Marco de Canaveses.

Num dia “feliz”, a família reuniu-se para um “churrasco”, seguido de um “bolinho e do champanhe“.

Mãe de quatro filhos e avó de dez netos, a centenária “sempre foi uma mulher trabalhadora e prestável para qualquer coisa, toda a gente gosta dela”, diz-nos a filha Conceição, de 75 anos, que desde há cinco anos que cuida da mãe. “Vivia no Freixo, mas veio para minha casa”.

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Com uma vida de “luta”, Joaquina Vieira sempre trabalhou na lavoura. “Saía de casa às cinco da manhã para começar a trabalhar às oito e só parava à noite. Ela dizia que não era como agora”. Filha de pai incógnito e com a mãe a trabalhar no Porto, ficou aos cuidados de uma tia e da avó. “A vida dela é um romance, trabalhou muito”, garante a filha.

Perdeu o companheiro de vida – tinha ele 79 anos – por quem nutria “muito carinho. Ela jurava às pessoas que casava outra vez com ele, e olhe que apareceram outras pessoas”. Apesar de ter sido sempre uma mulher com uma boa saúde, em 2009 foi operada a um cancro no intestino. “Mas ela dizia que não queria morrer com aquilo. É uma mulher de luta”, conta Conceição.

A filha recorda uma mãe “muito querida, graças a Deus. Nunca nos deixou passar fome. Na época havia pouco, mas nunca nos faltou o pãozinho e o caldo. E sempre amiga dos filhos. Temos boas recordações da infância, não podemos dizer o contrário”.

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Uma “garra” que continuou até aos 95 anos. “Fazia a vidinha dela, a comidinha dela, a higiene, fazia tudo. A partir daí veio para minha casa. Aos 99 deixou de fazer as coisas dela”, recorda Conceição.

Em janeiro uma queda fê-la acamar, mas continua a ser uma mulher “divertida. Vêm cá as meninas fazer-lhe a higiene, porque eu não posso sozinha, e ela fala com elas e fá-las rir. ‘Gostamos da D. Joaquina, é uma senhora muito feliz’, dizem elas”.

Conceição diz que a mãe “sempre disse que chegava aos 100 anos” e a família “cá está a apoiá-la até ela partir”.