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No sábado, dia 14 de janeiro, a Rota do Românico e os Guardiões de Castro de Arado organizaram uma visita ao Memorial de Alpendorada, em Marco de Canaveses. O evento contou, ainda, com a apresentação do livro “Os arcos memoriais e marmoirais, da Idade Média à atualidade”, de Joaquim Luís Costa, técnico superior da Rota do Românico.

A visita a um “monumento medieval que apenas subsiste em Portugal” iniciou às 14h30 em Alpendorada, local em que o autor Joaquim Luís Costa explicou, em conversa com o Jornal A VERDADE, que o Memorial de Alpendorada é “um dos sete memoriais que chegaram aos nosso dias”.

Por este motivo, o escritor, que apresentou o livro no Museu da Pedra, decidiu através da monografia “relembrar, eternizar e valorizar” os memoriais ou marmoirais, ao mesmo tempo que dá “a conhecer o nosso património, porque ele está esquecido e é desvalorizado”.

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Foto: Jornal A VERDADE

Joaquim Luís Costa explica que na Idade Média “não faltavam desses memoriais, só que com o tempo foram destruídos, por isso, um dos grandes objetivos da monografia é tentar traçar uma panorâmica geral, histórica e cultural sobre estes sete memoriais e criar alguma relação cultural e histórica com o povo”.

Neste sentido, três dos sete exemplares que o autor menciona inserem-se no itinerário da Rota do Românico e são: Memorial de Alpendorada (Marco de Canaveses), Memorial da Ermida (Penafiel) e o Marmoiral de Sobrado (Castelo de Paiva). Assim, o técnico superior da Rota do Românico garante que estes “estão conservados e são objetos de valorização”.

No entanto, mostra-se preocupado com os que são “desvalorizados”, em concreto, com um monumento do século XII/XIII que está “completamente abandonado. Há quem esteja a fazer esforços para o conseguir valorizar para passar a ser do interesse público e municipal, mas há sempre muitas dificuldades. Atualmente só temos sete, se o memorial que fica em Vila Real entra em degradação, daqui a algum tempo já não se fala nos sete, fala-se nos seis”.

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Foto: Jornal A VERDADE

Desta forma, termina por relembrar que “memoriais não faltam pela Europa, mas memoriais com este tipo de arquitetura só existem em Portugal, um dos objetivos foi dar a conhecer este património fora das nossas fronteiras, sobretudo em Espanha, junto de uma população que gosta do românico e que aprecia e vem sempre visitar o nosso românico”.

Desta forma, o evento foi realizado com o apoio da Câmara Municipal de Marco de Canaveses e da Junta de Freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão, e terminou com uma sessão de autógrafo, um Verde de Honra e um momento de música protagonizado por Fernando Costa.

O livro foi editado pela Rota do Românico, no âmbito do Centro de Estudos do Românico e do Território e a edição de “Os arcos memoriais e marmoirais, da Idade Média à atualidade” enquadra-se no projeto EEC PROVERE Turismo para Todos: Valorização, dinamização e promoção turística da região, cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

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