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No dia 18 de setembro Joaquim Aires vai dar início à ‘viagem’ de dez dias de Lousada até Paris. Não será de carro, nem de avião, mas sim de bicicleta. A ideia surgiu, “do nada, há dois meses. Gosto de aventuras e de sair da zona de conforto e como costumo dizer de me sentir vivo. Prefiro coisas mais simples e viver bons momentos, mas nunca houve uma razão específica para este desafio. Vou estar de férias do trabalho e pensei ‘porque não Paris?'”, conta o lousadense de 37 anos.

Depois da ideia e de se “mentalizar” que iria mesmo realizar o desafio percebeu que “não queria ir por ir” e tinha se ser uma “aventura diferente de outras que já fez, como “pedalar de Porto a Madrid em dias, sozinho e em autonomia total; o caminho de Santiago do Norte em 10 dias; o caminho de Santiago Francês, 25 dias a caminhar; e tenho feito e organizado o ‘Extreme de Fátima’ que é ir da Sé do Porto a Fátima e regressar no mesmo dia, num total de 405 quilómetros”. Nesta, queria “associar uma causa solidária“, um objetivo que contou com a idealização e colaboração dos vereadores do município de Lousada, António Augusto Silva e Maria do Céu Rocha.

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O percurso vai dividir-se em 10 etapas, o mesmo número de Instituições Particulares de Solidariedade Social que irá apoiar. “Houve uma reunião com as IPSS’s e todas elas acharam que era uma ideia boa. Vamos realmente dar seguimento. Assim, todos os dias haverá etapas com diferentes objetivos”, explica. Para além da concretização do desafio pessoal, o ciclista espera conseguir “chegar ao máximo de pessoas, para poder angariar o máximo de fundos, divertir-me e ser feliz“.

Desde 2018 que Joaquim Aires faz ciclismo “com mais dedicação e rigor” e considera a modalidade “um desporto bonito, que leva as cores de porta em porta por onde passa”. Confessa que gosta “bastante” e, por isso, decidiu tirar o curso de treinador nível 2. “Já ajudo, no que posso, alguns rapazes e raparigas, mas tenho o objetivo de me dedicar ao ciclismo”. Um “gosto e dedicação” que interfere positivamente na atividade profissional. “Sou bombeiro sapador no regimento de sapadores dos bombeiros do Porto, uma profissão que exige que estejamos sempre em forma. A condição física é muito importante na hora da nossa atuação”, garante.

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O dia de 18 de setembro se mais um dia em que vai partir para a estrada, não sem antes fazer a preparação habitual. “Treino diariamente, cumpro um plano alimentar, monitorizo vários níveis de recuperação, faço massagens. Os ciclistas passam por muitos momentos de sacrifício, em cima da bicicleta e fora dela. Comigo vou levar o mínimo possível. Os meus pais vão comigo mas só os vou ver ao pequeno almoço e jantar“.

Além de ciclista, Joaquim Aires é bombeiro sapador e músico da Banda Filarmónica da Lixa e tenta “conciliar tudo” e dar sempre “o máximo”, com o “profissionalismo” que lhe é “exigido. O trabalho em primeiro lugar, depois o resto. Adoro a minha vida”.