joao grilo pool pacos de ferreira
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Há três anos, João Grilo “largou tudo” e mudou-se de Évora para o Norte de Portugal, após um convite do FC Paços de Ferreira para juntar-se à Secção de Bilhar.

Uma mudança que descreve como “difícil. Vivia com a minha mãe e era apegado a ela. Em menos de um mês já tinha saído sozinho de Évora e encontrava-me numa cidade totalmente desconhecida para mim”, conta. Além disso, João Grilo saía em busca de um “sonho sem ter certezas de nada”.

O Jornal A VERDADE esteve à conversa com João Grilo em julho de 2022, à data o atleta partilhou que viver em Portugal do Pool é “impossível”, uma vez que os jogadores da modalidade “não recebem apoios do Estado”, no entanto continuava a lutar pelo seu objetivo porque poderia abrir portas “para novos patrocínios e jogos lá fora”. A verdade é que num espaço de cerca de meio ano, João Grilo conseguiu arranjar patrocinador e tornou-se atleta profissional.

De momento, consegue viver a tempo inteiro do Pool e o trabalho numa empresa de consultoria já não faz parte do seu dia a dia. “Neste momento consigo dedicar-me a 100% à modalidade, ao longo dos últimos meses tenho participado em provas nacionais e internacionais através da federação”, partilha.

Um dos momentos mais “importantes” na carreira de pool de João Grilo foi o dia em que leu o seu nome na lista de convocados da seleção nacional. Dia este que lhe permitiu viajar esta quinta-feira, 25 de maio, até à Finlândia na esperança de trazer mais conquistas para casa.

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Perante o rumo que a sua vida tomou, João Grilo realça que “uma pessoa fazendo vida daquilo que gosta é sempre muito mais fácil do que termos que fazer outras coisas com as quais não nos identificamos assim tanto para puder vingar na vida. Neste momento não podia estar mais feliz com aquilo que tenho conseguido e com a oportunidade que tenho neste momento. Estou a viver um sonho”.

Daqui e em diante, João Grilo pretende “ganhar cada vez mais experiência lá fora e conseguir cada vez melhores resultados, porque quanto mais resultados mais apoios posso conseguir e isso é fundamental”.

Durante toda a jornada, a mãe e namorada têm sido os “grandes apoios” do atleta. O primeiro ano em Paços de Ferreira foi passado “sozinho” para perceber “como corria e como era a adaptação ao local”, ao fim desse tempo e depois de ter corrido “tudo bem”, a namorada juntou-se a João Grilo há dois anos. Apesar da distância, partilha ao Jornal A VERDADE que “tento ir pelo menos uma vez por mês a Évora para visitar a família”.

Aos 32 anos é a primeira vez que João Grilo compete como atleta profissional, mas garante que as “expetativas são sempre boas. Em 2009 consegui uma medalha de bronze numa das variantes, nós lá vamos jogar quatro variantes individuais e a competição por equipas, se este ano conseguisse ir à medalha de uma das variantes já seria um objetivo concretizado, mas aquilo é sempre muito difícil, no entanto sinto que este ano vou melhor preparado porque a vida assim o permitiu”.