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João Barros quer sair do "marasmo" e transformar a Misericórdia de Penafiel numa "estrutura viva"

Redação

No dia 29 de junho, foi apresentada a lista encabeçada por João Barros à liderança da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, no Salão Nobre da Assembleia Penafidelense, cujo ato eleitoral terá lugar em novembro deste ano.

Durante a sessão, João Barros apresentou as principais linhas programáticas da candidatura, fazendo-os incidir em três grandes eixos: "liderança; objetivos e estratégia; sustentabilidade".

Recorde-se que o médico João Barros pertenceu aos órgãos sociais da misericórdia durante vários anos, tendo sido solicitado por dois provedores para assumir o cargo, justificando que para isso "é preciso disponibilidade. Neste momento, sei que tenho disponibilidade e isso foi um ponto decisivo, para além de ter sido motivado pelo imobilismo que presenciamos na Misericórdia de Penafiel", lançando a seguinte reflexão: "uma misericórdia que está prestes a celebrar 515 anos, quantas misericórdias no país têm esta longevidade? Temos o dever de honrar todos os que nos antecederam e temos por obrigação perpetuar e caminhar para o futuro".

É com esta ambição que o candidato, em conjunto com a equipa, pretende tirar a misericórdia do "marasmo e imobilidade" e transformá-la numa "estrutura viva", baseada em três eixos principais.

No que diz respeito à liderança, o candidato defende uma "liderança forte, eficaz e que arregace as mangas junto das suas equipas", necessitando para isso de "uma equipa coesa de excelentes profissionais nas áreas de atividade a que pertencem. Precisamos de avançar com o lema 'unir todos e alargar', unir porque consideramos que todos os irmãos são necessários e importantes, temos de os ouvir e ter uma relação de transparência interna e externa. 'Alargar' seja em número ou competências/valências", defendeu.

Nos objetivos e estratégia, João Barros ambiciona ter uma instituição "em crescimento em tudo o que é prestação de cuidados, valor de isenção, reconhecimento pela sociedade e pelos utentes, seja pela qualidade seja pela forma de o fazer. Assim, passa por servir o território, utentes e sociedade mais necessitada, em vez de servir-se", realçou. Ainda dentro deste ponto, o médico defendeu a criação de uma estratégia. "Precisamos de ter profissionais e colaboradores dedicados, temos de perceber o tipo de doentes que temos e os que vamos ter de ajudar, precisamos de traçar uma estratégia, que se baseia em três aspetos importantes: ambiente de trabalho, formação contínua e parcerias".

Ambiente de trabalho: Tem de haver um espírito colaborativo, seja dos dirigentes, colaboradores, tendo sempre como foco o bem estar de todos, porque é preciso cuidar dos utentes, mas com satisfação, através de um ambiente de trabalho atrativo. Há outra questão que se prende com a toxicidade que corrói as bases do respeito e da qualidade de vida no trabalho, porque a toxicidade tanto é um sintoma como uma doença.

Aprendizagem: É preciso incentivar os colaboradores à aprendizagem, têm de aprender de uma forma contínua, porque onde qualquer ponto positivo pode fazer a diferença isso vai, efetivamente, fazer a diferença entre o sucesso e o esquecimento.

Parcerias: Temos de ter parcerias com autarquias, outras instituições, podendo ou não ser privadas e, naturalmente, com a comparticipação do Estado. Se, em média, um doente tiver um custo aproximado de 1400 euros, a Segurança Social comparticipa em cerca de 600, nem metade é.

O terceiro eixo está relacionado com a sustentabilidade, isto é, investimento e financiamento. Para João Barros, estas questões obrigam a uma "gestão muito exigente, porque se não se fizer os custos vão ser desnecessariamente elevados e a qualidade vai potencialmente ser reduzida. A sustentabilidade consegue-se tendo sempre os custos controlados, porque só conseguimos ter financiamento robusto se tivermos um plano".

Para terminar, e perante o aumento da longevidade da sociedade, o candidato afirmou que "as misericórdias têm sido o fim da vida das pessoas e isso leva a dois problemas: o isolamento, que é o desnorte dos doentes quando estão internados. Temos conhecimento de que mais de 25% da população tem mais de 65 anos, nós temos uma situação muito complicada que é também a do mundo, e outro tem a ver com o facto do Estado não ter capacidade de absorver isto tudo, tem de haver parcerias e um esforço muito grande quer da parte pública quer da sociedade em geral, quer do setor social, onde as misericórdias se inserem", reiterou.

João Barros, fez-se ladear na mesa pelo coronel João Oliveira e por Eduardo Nunes, candidatos à Assembleia Geral e Definitório (conselho fiscal), respetivamente.