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Joana Ribeiro: "quando vamos representar o nosso país, temos de levar músicas portuguesas".

Redação

As competições internacionais de canto já não são uma novidade para Joana Ribeiro. E o Top Voice Itália foi a última participação da aluna do Projeto Pauta Musical num concurso realizado fora de Portugal.

A cantora de 15 anos é natural do concelho de Baião e aos 12 anos juntou-se à Pauta Musical, um projeto de Vila Boa do Bispo, em Marco de Canaveses, por sugestão "do meu dentista". Joana Ribeiro recorda-se de "ter ouvido falar do projeto pelo meu dentista, que também é do Marco de Canaveses e que, por acaso, sabia que gostava de cantar".

A paixão pela música faz parte da cantora "desde pequenina e com dez anos já tinha passado pelo 'The Voice' e em alguns concursos como o 'Canta Baião'". Um gosto que foi impulsionado "pela minha prima Ana, que desde pequenina me punha a cantar e foi a partir dela que comecei, até porque ela também canta e dança", explica.

Em conversa com o dentista Joana Ribeiro passou a conhecer o projeto de Joaquín Caetano, "e como ouvi falar muito bem do projeto decidi falar com o professor".

Assim, decidida a juntar-se às aulas de canto, a jovem de Baião integrou a coleção de alunos da Pauta Musical onde "me receberam muito bem, mas onde ficou claro que precisamos de estar lá com um objetivo. E temos de nos esforçar ao máximo para o realizar até porque, como o professor diz, a sorte dá muito trabalho".

A academia de Vila Boa do Bispo marcou o início do estudo e trabalho musical mais sério da cantora: "porque antes do projeto só costumava cantar mais por brincadeira, não era uma coisa muito séria e na academia aprendi mais do que só cantar mas também a desenvolver a voz", acrescentou.

As aulas de Joaquín Caetano ajudaram Joana Ribeiro a "utilizar a voz sem a desgastar" e outras aptidões valiosas para a música vocal. A adaptação às aulas não se demonstrou como um desafio e "encaixei-me bastante bem, o professor foi sempre um grande auxílio e ajudou-me em tudo", revela a jovem.

O percurso da baionense pelo mundo da música foi evoluindo dentro do projeto e depois de algum tempo a praticar nas aulas de canto, surgiu a oportunidade de participar em concursos internacionais na Hungria e mais tarde na Roménia.

O desafio de cantar num concurso no estrangeiro não intimidou a cantora de Baião que saltou à chance de participar neste evento, "lembro-me de estar super feliz, andava há pouco tempo nas aulas e quando recebi este convite do professor, senti-me muito valorizada". A aluna da academia viu estes concursos como "um grande desafio, gostei muito de participar e antes de ir já sabia que ia competir para dar o meu melhor".

A notícia de que ia participar em concursos internacionais foi bem recebida pela família de Joana Ribeiro: "a minha mãe foi logo contar à família toda e ficaram todos muito felizes por mim". E as razões para celebrar não se ficaram pela participação no concurso, mas também pelos dois primeiros lugares que a jovem conseguiu conquistar na Hungria e na Roménia.

As duas primeiras experiências no estrangeiro só aumentaram a vontade de Joana Ribeiro participar nestas competições e quando um dia "o professor veio ter connosco com o convite do Top Voice Itália, disse logo que sim. É uma nova experiência e em Itália! Um país incrível, claro que não podia perder esta oportunidade".

Os concursos fora do país abrem sempre a possibilidade de "conhecer novos sítios, por exemplo nós fomos a Veneza através do concurso". E para além do aspeto turístico das competições no estrangeiro, Joana Ribeiro admite "que também aproveitamos para ver o talento que existe nos outros países".

No Top Voice Itália a cantora de 14 anos escolheu representar Portugal na língua mãe, pois "quando vamos representar o nosso país, temos de levar músicas portuguesas". Levar a língua portuguesa para além das fronteiras "é muito importante e por isso é que levei a música de Senhora do Mar", frisou.

De 80 cantores, Joana Ribeiro foi selecionada entre as dez melhores para representar a delegação portuguesa e acabou por conquistar "o terceiro lugar na categoria geral". Um resultado "muito bom porque estavam lá pessoas incríveis e competi com idades até aos 17 anos, ou seja, fui das mais novas a concurso".

A preparação para estes eventos é feita ao longo de todo o ano e como conta a cantora baionense: "nós já sabemos as músicas e vamos trabalhando com o professor ao longo das aulas, depois quando chegam as competições é só questão de relembrar os ensaios".

Nos dias de competição "acabamos por nunca estar tranquilos e estamos sempre nervosos mas mesmo assim fico super feliz porque adoro participar nos festivais, de ir toda arranjada, acho super engraçado", afirma a cantora.

O sentimento de estar em palco e de partilhar a voz através da música vai continuar com Joana Ribeiro que já deu os primeiros passos no mundo da música com o lançamento do single 'O Meu Ar'. O futuro é incerto mas um dia a baionense gostava de se "dedicar aos palcos, porque é onde me sinto bem e não poderia estar em outro sítio sem ser lá".

A música "vai fazer sempre parte de mim" mas no caso de uma carreira na música não ser uma possibilidade Joana Ribeiro vê um futuro em medicina.

Por agora, a baionense vai continuar no Projeto Pauta Musical, uma iniciativa "que recomendo, sem dúvida nenhuma". Por fim, a cantora não poderia terminar a entrevista ao Jornal A VERDADE sem agradecer ao "meu professor que foi uma grande inspiração para mim e que é muito importante na minha vida. Principalmente nesta idade em que a minha voz começou a mudar, e ele conseguiu ajudar-me a adaptar para que consiga ter um bom desenvolvimento. E só tenho de lhe agradecer por me ter apoiado em cada etapa da minha vida na música".