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Joana Pinto terminou o curso em Ciências e Tecnologias na Escola Secundária de Paredes e conseguiu ingressar na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto para concretizar um “sonho”.

O “sonho” da medicina surgiu quando Joana ainda era pequena. Durante a infância, passava tempo no restaurante da avó, e dizia aos clientes “que ia ser médica e que ia curar toda a gente. Sempre foi uma área que quis, eu não me lembro de querer ser mais nada, é o meu sonho”.

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Para garantir boas notas a entrada na universidade, Joana Pinto utilizava várias estratégias. “Lia a matéria muitas vezes, depois para ver se me sentia confortável ou não explicava a homenzinhos invisíveis, ou seja, se eu conseguir explicar é porque sei”, conta.

A par disso, na escola, ensinava a matéria aos colegas. “Toda a gente dizia que eu tinha muito jeito para ser professora, porque eu adorava explicar. Quando alguém nos pergunta, não estamos só a ajudar a outra pessoa, estamos a ajudar-nos a nós mesmos, porque quando estamos a explicar estamos a estudar também”.

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Apesar do sucesso escolar, Joana reconhece que, por vezes, “levava as coisas demasiado a sério e tentava ser muito perfecionista”.

Mesmo assim, Joana Pinto faz questão de ter atividades extracurriculares. “Dancei até ao nono ano, fazia muito desporto e tinha de saber gerir o tempo, porque era muito complicado. Às vezes, chegava a ter quatro horas de dança por dia, mas sempre tive estratégias de organização”. Para além disso, a jovem chegou a fazer parte de um grupo de teatro amador, praticar exercício físico e realizar voluntariado.

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Apesar de, atualmente, não ter tanto tempo, conta que “ler é uma forma de escape, é mesmo maravilhoso. Não tenho tanto tempo, mas sinto falta.”

Este ano, a estudante deu o próximo passo com a entrada na universidade, que admite estar a ser “muito desafiante. É um mundo completamente diferente, eu não estava nada habituada, é um bocadinho difícil para uma pessoa que está habituada a muito bons resultados depois lidar com a frustração de não conseguir as mesmas notas”.  

O grau de exigência obrigada Joana a “gerir o tempo e a não stressar muito, temos que arranjar tempo para tudo e não descurar da nossa saúde mental que é extremamente importante para estudar e não ser 100% estudo e 0% descanso porque isso não é saudável”.

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De momento, uma forma de “escape” da Joana tem sido a praxe. “Estou a gostar bastante, é uma forma de conhecermos pessoas novas, porque nós vamos estar com elas durante seis anos, nós precisamos de ter alguém com quem partilhar o sofrimento”, partilha em conversa com o Jornal A VERDADE.

Apesar de Joana ainda ter “tudo em aberto”, mantém presente o sonho de criança de ser cirurgiã e “ajudar as pessoas”. Assim, deixa também uma mensagem de motivação: “Eu quero dizer que tudo tem uma razão de ser, nós devemos acreditar que somos capazes e que temos algo muito bonito à nossa espera. Se não entrarmos na primeira opção não é o fim do mundo, temos muito tempo, somos muito jovens”.

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Apesar disso, refere que quem entra no secundário “deve esforçar-se desde o décimo ano. As pessoas vêm com aquela sensação que ainda falta muito tempo para ir para a faculdade, mas devem esforçar-se desde o início”.

A jovem de 18 anos termina por destacar a necessidade de “encontrar um equilíbrio entre a diversão e o estudo. Não nos focarmos a 100% e descurarmos todas as outras coisas da vida, porque isso não tem valor, nós não nos vamos lembrar dos dias em que estivemos a estudar, mas vamos lembrar-nos das memórias que fizemos com a nossa família e amigos”.