A curiosidade pelo funcionamento das leis e da justiça despertou “desde muito cedo” o interesse da aluna de Felgueiras, que aspira, um dia, a ser juíza. “Talvez acabe por mudar de ideias, mas por agora gosto da ideia de ser juíza. Sei que primeiro tenho de ser advogada e só alguns anos mais tarde é que posso concorrer à ordem”, completou a estudante.
De objetivos bem definidos, Míriam entrou no secundário já preocupada com a construção de uma boa média: “Sempre fui boa aluna, mas a partir do 10.º sabia que tinha de levar o estudo mais a sério para conseguir uma boa média que me ia permitir estudar Direito no futuro”.
No início do secundário, quando confrontada com a escolha entre Humanidades e Ciências, a jovem de 18 anos optou, na altura, por seguir Línguas e Humanidades, apesar de uma certa pressão para escolher o outro ramo. “Senti alguma pressão para seguir o caminho das Ciências, mas as saídas nessa área nunca me interessaram”, justifica a antiga aluna da escola de Idães.
Quanto às dificuldades normalmente sentidas no primeiro período do 10.º ano, Míriam Pinto recorda esta fase da seguinte maneira: “Não foi o terror que todos os professores pintavam que ia ser. E nunca senti dificuldades porque eles também estiveram sempre lá para nos ajudar. O apoio dos professores tornou tudo mais fácil”.
A caloira de Direito acredita que o segredo para ser um bom aluno é a organização, não só nos estudos mas também na vida pessoal, de forma a conseguir conjugar a vida académica com os tempos livres. “Com organização consegue-se tudo, até porque hobbies e atividades extracurriculares vão sempre fazer parte da nossa vida e ajudam-nos a evitar tornar a vida numa coisa muito maçuda”, salientou.
A pressão de trabalhar para um futuro melhor pode ser uma causa de stress e, quanto a isso, a aluna admite: “Tive de lidar muito com essa parte e sobre isso acho que é essencial sentir que temos a nossa família, amigos e professores a apoiar-nos”.
A resiliência e o trabalho de Míriam compensaram e, com uma média final de 19,5, a aluna viu nesta média: “O meu esforço recompensado. Conseguir entrar no curso que queria foi uma sensação maravilhosa”.
Direito na Universidade do Minho foi a primeira escolha da aluna de Felgueiras, que antes de escolher uma universidade decidiu falar com alguns dos alunos de cada instituição que estava na lista de opções. “Falei com algumas pessoas da Universidade do Porto e do Minho e depois acabei por escolher a do Minho para ocupar o primeiro lugar”, contou ao Jornal A VERDADE.
Selecionada a primeira opção, só restava esperar e, quando Míriam Pinto recebeu o email a confirmar a colocação, o que lhe passou pela cabeça “foi uma sensação de alívio”.
Nos anos que se avizinham, a Universidade do Minho vai ser a segunda casa da felgueirense, que se está a demonstrar entusiasmada por esta nova fase. “Estou a gostar da mudança. Óbvio que mudar é sempre complicado, porque estava numa escola que gostava, mas às vezes mudar é bom e já me estou a começar a dar bem com o novo ambiente e colegas aqui na universidade”, reforçou.
Enfrentando este novo capítulo com positividade, Míriam Pinto deixa aos caloiros do próximo ano uma simples mensagem: “Acho que não têm de ter medo da mudança. A verdade é que toda a gente vem para a universidade com medo, não conhecemos ninguém e é tudo muito incerto. Mas estamos todos no mesmo barco e, por isso, acabamos por apoiar-nos uns aos outros”, concluiu.