tribunal penafiel2Foto: Tribunal Judicial da Comarca do Porto Este
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Sérgio Cunha estava acusado de ter matado a mulher à porta de uma fábrica de calçado no concelho de Felgueiras, em junho do ano passado, e começou a ser julgado no dia 10 de fevereiro, no Tribunal de Penafiel.

O homem de 47 anos foi agora condenado pelo Tribunal de Penafiel a 22 anos e dois meses de prisão e terá de pagar 50 mil euros aos pais da mulher, avança o JN.

O coletivo de juízes considerou provado que Sérgio Cunha elaborou um plano para matar Sílvia Mendes. “Quis matá-la”, afirmou o juiz-presidente. “Vai junto ao local de trabalho da vítima, onde trabalhava também o homem com quem ela lhe foi infiel, perante os colegas de trabalho e para todos verem. Além disso, anunciou à família da vítima e à sua filha que lhe deu a arma e que pareceu concordar consigo e cumpriu o que tinha anunciado, para se vingar e toda a gente ver”, acrescentou.

Neste julgamento, foi destaca “a frieza de ânimo” com que cometeu o crime contra a mulher de 45 anos. “Não deu a mínima hipótese à Sílvia de fugir ou de ter alguma reação”, disse juiz-presidente.

Sérgio Cunha confessou o crime, mas para o tribunal só o fez “parcialmente. Só confessou os factos evidentes, mas não de forma plena”.

O homem foi condenado a uma pena de prisão de 21 anos e seis meses por um crime de homicídio qualificado e a uma pena de um ano e seis meses pelo crime de detenção de arma proibida. Em cúmulo jurídico, terá que cumprir uma pena de prisão de 22 anos e dois meses.

O JN divulgou ainda que o coletivo de juízes declarou a indignidade sucessória de Sérgio Cunha, que fica assim sem direito à herança de Sílvia Cunha, e condenou ainda o homem a pagar 25 mil euros a cada um dos pais da mulher, apesar destes não terem deduzido nenhum pedido de indemnização civil.