O cancro da próstata é o tumor mais frequente nos homens que afeta uma parte do corpo “que parece que não, mas faz falta a muita coisa”, adianta Henrique Esteves, que sofreu teve de ser operado à próstata por causa de uma inflamação.
Depois de uma consulta no urologista da qual saiu diagnosticado com uma dilatação na próstata, Henrique Esteves, começou a fazer tratamentos para melhorar esta dilatação com a ajuda do médico de família.
No entanto, apesar da ajuda dos médicos, alguns meses depois deste diagnóstico o homem de 70 anos começou a experienciar dificuldades a urinar. “Comecei a urinar com muito custo e chegou uma certa altura que, à noite, já tinha de ir à casa de banho quatro ou cinco vezes”, explica o doente.
A situação manteve-se assim por algum tempo até que a dilatação “tapou por completo e o médico mandou-me direto para a urologia no hospital de Penafiel”. Após a consulta, o médico informou o idoso de que teria de ser operado, mas deixou desde logo claro que não iriam retirar a totalidade da próstata, apenas uma parte. “Como não era maligno, não foi preciso retirá-la, só quando é um tumor maligno é que eles precisam de retirar tudo”, adiantou Henrique Esteves.
O tempo de espera até à operação foi prolongado e o paciente viu-se forçado a esperar dois meses “muito desagradáveis”, devido ao cancelamento de cirurgias provocado pela pandemia da COVID-19.
O setor privado foi, então, a solução para marcar uma operação o mais rápido possível e seis dias depois de ser operado o doente regressou a casa com alta.
A dilatação e subsequente inflamação da próstata, nunca foram causa de alarme para o idoso que se sentiu sempre muito bem informado quanto ao estado da sua saúde por parte dos médicos: “o urologista em Penafiel disse-me logo que era tudo derivado da próstata”, frisou.
A possibilidade de doença oncológica nunca esteve em causa, apesar de só se puderem retirar conclusões concretas depois de exames mais precisos, “sem nada para analisar não se pode concluir nada”, reforça Henrique Esteves. Os exames revelaram que se tratava apenas de uma inflamação e visto que a próstata “estava muito dilatada e que por isso dificilmente seria cancro”, recorda o doente.
O único sintoma destas complicações foi sempre a dificuldade ao urinar: “nunca me doeu nada. Foi mesmo só esse, deixar de urinar. E é por isso que acho mesmo importante ir ao médico fazer os exames e aconselho sempre aos homens para estarem atentos e fazer o exame”.
O homem de 70 anos revela que já fazia exames à próstata de forma regular há cerca de cinco anos, mesmo antes de ser operado, e reforça que “todos os homens, principalmente na casa dos 60, deveriam fazer os exames à próstata pelo menos uma vez por ano, vigiar”.
Henrique Esteves insiste na importância destes exames enquanto assegura que não há razões para sentir constrangimentos ou receios no que toca ao tópico de doenças da próstata e do seu diagnóstico.
“A natureza pode acontecer a todos e não há que ter vergonha”, concluiu o idoso que achou importante partilhar o seu testemunho para incentivar outros homens a estarem atentos à saúde da próstata e para não terem vergonha de fazer este exame.