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Em 2007, a vida de Fernanda Moreira e Manuel Ferreira ganhou um novo rumo. Espanha foi o primeiro ponto de paragem, do casal do Marco de Canaveses, e onde viveram durante quatro anos. Mas não seria o último.

No dia 15 de abril de 2011 fizeram novamente as malas e, desta vez, para o Luxemburgo. “O meu marido sempre trabalhou na construção civil, mas a área começou a passar por dificuldades. Ele ficou sem trabalho e como o meu irmão estava no Luxemburgo decidimos vir para cá”, recorda Fernanda Moreira.

Emigrar é “sempre difícil”, mas estando em casal “acaba por ser mais fácil”, diz Manuel Ferreira, para quem a mudança foi “mais complicada. Ele está no Luxemburgo porque eu também estou com ele. E o mesmo aconteceu em Espanha”, conta a esposa. 

Viver noutro país implica, entre várias coisas, adaptação e a aprendizagem de uma nova língua, o “mais difícil” para Fernanda Moreira, “principalmente no Luxemburgo, com o francês. O espanhol conseguíamos compreender, mas o francês é mais complicado”.

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Há 15 anos a viver no Luxemburgo, o casal confessa que o “melhor de tudo” é que “a qualquer sítio que vamos há um português e torna as coisas um pouco mais fáceis”.

As principais diferenças que encontraram foram, “sobretudo o clima. Aqui é um pouco diferente, porque é mais frio e húmido. A forma de viver também é diferente. Mas é uma questão de pensarmos: ‘tem de ser, porque senão torna-se mais difícil’”.

Mas o mais difícil é a distância e estar longe da filha de 30 anos, que está em Portugal. “Quando estivemos em Espanha esteve connosco, mas lá terminou o secundário e decidiu que queria fazer a universidade em Portugal”.

O casal vem a Portugal com regularidade, “principalmente em agosto e natal, vamos sempre. Depois durante o ano aproveitamos sempre os fins de semana mais prolongados”, contam.

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Viver longe da filha e do resto da família é muito difícil e à medida que os anos passam “a saudade e a necessidade de estar com eles é cada vez maior. Sempre que vamos a Portugal é cada vez mais difícil voltar para o Luxemburgo. Já começa a aparecer aquele pensamento ‘porque temos de ir?’”.

Fernanda e Manuel pensam em voltar “e não falta muito tempo. O meu marido tem 58 anos e diz que só aguenta até aos 60”.

Por “mais difícil” que seja emigrar, Fernanda Moreira aconselha todos os jovens a fazê-lo. “Se fosse mais jovem era capaz de arriscar, como eu arrisquei. Não vou dizer que é fácil, mas acho que para um jovem é bom, porque conhece uma cultura diferente e muitas pessoas com outras formas de ser. Aqui, no Luxemburgo, vale a pena”.