Há 12 anos que Mariana Madureira descobriu o mundo dos Festivais de Verão e, não foi preciso muito, para ser presença assídua em cerca de quatro festivais por ano. Acompanhada sempre pelos amigos, partilha que o melhor é o "convívio", a possibilidade de acampar e toda a "dinâmica" dos festivais que, se for aliada à boa música, torna tudo "melhor".
Viver 24/7 durante cerca de dez dias é a cereja no topo do bolo para este grupo de amigos que trabalha todo o ano, com a certeza de que o verão promete boa música, mas sobretudo a possibilidade de passarem dias juntos e reforçarem os laços de amizade.
O primeiro festival que pisou foi o MEO Marés Vivas pela "facilidade de ser cá ao lado, uma vez que na altura era na praia do Cabedelo, em Gaia, incluindo pela facilidade de transportes, porque os pais podiam ir levar e buscar, o que também era importante porque éramos mais novos e não tínhamos ainda liberdade suficiente para apanharmos autocarros para Lisboa". No entanto, e com o passar dos anos, Mariana e os amigos foram alargando a distância dos festivais.

Mariana percorre os Festivais de Verão na companhia do namorado e amigos e apesarem de andarem "por um e por outro", há alguns que soam com mais entusiasmo: Vodafone Paredes de Couro; Super Bock Super Rock, Primavera Sound e o MEO Kalorama. Mas passe o tempo que passar, a marcoense tem certezas de que o primeiro é o "queridinho. O Vodafone Paredes de Couro é quase certo, independentemente de quem estiver no cartaz, porque tem muito mais a ver com a dinâmica do festival e com o facto de poder estar com os meus amigos durante aqueles dias todos. Fazemos sempre acampamento, aliás costumamos ir alguns dias antes do festival para termos algum tipo de sossego e também conseguirmos melhores spots para acampar, o que acaba por ser benéfico em toda a experiência durante os dez dias que nós lá ficamos, apesar de só quatro serem de festival", afirma, entre risos.
Com um grupo de sete pessoas fixas, Mariana e os amigos procuram viver a experiência dos Festivais de Verão da forma mais completa possível, estando a abertos a diferentes géneros musicais e a novas amizades. "Hoje em dia é possível ter vários dias com artistas diferentes o que junta pessoal distinto e que também é uma parte boa dos festivais porque dá a oportunidade de conhecermos malta completamente diferente".

Quando questionada sobre qual foi o artista que marcou o festival há 12 anos, Mariana Madureira afirma "David Guetta", embora com pouca convicção, porque desde o primeiro dia, e tal como é hoje, nem sempre o cartaz é o mais importante e o que fica na memória. Por falar em memória, Mariana faz uma viagem às suas recordações e não vai muito longe, partilhando uma história caricata de 2023.
Temos um amigo chamado Júlio César que sempre foi o palhacinho do grupo e quem o uniu. No ano passado fez 30 anos e nós decidimos fazer uma prank, onde imprimimos 400 stickers com a cara dele a dizer 'pago finos' e andamos a distribuir pelo festival e a colar em todo o lado, sem ele saber de nada. Acabou por haver imensa gente a ir ter com ele a pedir os finos e ele não sabia de onde aquilo estava a vir e, portanto, foi engraçado. Em simultâneo, criamos uma página de Instagram com as fotografias da malta a quem oferecíamos os stickers, o Júlio acabou por descobrir o Instagram, mas não sabia de onde vinha e, então, no primeiro dia de festival confessamos que fomos nós e a reação foi muito engraçada. Uma reação que as pessoas podem ver no Instagram 'Graciano.ramboia'.
Mariana Madureira

Para quem pensa em ir a um festival, a marcoense deixa alguns conselhos: "arrisquem, o meu grande problema era o receio de como me ia sentir no meio da multidão, porque tenho essa ansiedade social, e pensava 'será que vai ser caótico, será que não vou aproveitar', e a verdade é que só me arrependo de não ter começado mais cedo, porque quando vamos com amigos as coisas fluem e aproveitamos sempre a 100%. Recomendo imenso, vale sempre a pena, agora os festivais são um bocadinho mais caros, mas é sempre compensatório. Se tiverem receio comecem por festivais diários", concluiu.
A pensar em continuar a acampar em festivais, Mariana Madureira confessa que um dia será um objetivo fazer um festival no estrangeiro, mas que os "gastos" e a "disponibilidade" são fortes condicionantes.





