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Guilherme Magalhães deixou Portugal para viver o "sonho" em clube da 1.ª liga da Finlândia

Redação

Apesar de ter "trabalhado muito" até então, Guilherme Magalhães "não esperava" receber o convite para ser treinador-adjunto / preparador físico no IFK Mariehamn, clube que milita na primeira liga finlandesa.

Foi "uma surpresa muito agradável" ver o trabalho "reconhecido desta forma" e poder abraçar um projeto além-fronteiras, um "sonho" há muito ambicionado.

Natural de Macieira (Lousada), Guilherme Magalhães confessa que é "um sonho poder viver de algo que fazemos como 'hobby' no nosso país", pois é "difícil viver do futebol em Portugal". Por isso, um projeto fora do país, "apesar de trazer outros conhecimentos - tanto de culturas como a própria ligação que a população tem com o futebol -, é muito aliciante. Perceber as dinâmicas, as vantagens e as desvantagens é uma experiência sem igual", garante o lousadense de 34 anos.

No dia 20 de agosto, iniciou o cargo de treinador-adjunto / preparador físico, uma função em que se sente "mais à vontade para desempenhar" e na qual se tem dedicado "a melhorar nos últimos anos".

Até então, acompanhava "de forma vaga as equipas finalndesas que disputavam as competições europeias", mas, assim que recebeu a proposta do IFK Mariehamn, Guilherme Magalhães começou a estudar "mais a fundo o futebol finlandês".

A integração neste novo projeto implica uma mudança de país e "abdicar do maior projeto" que criou em Lousada (Maratonas Lounge Studio). "O meu contrato estende-se apenas por dois meses, até ao final do campeonato, porque na Finlândia o campeonato é disputado no ano civil e não como estamos habituados a ver noutras ligas".

Distâncias à parte, o lousadense decidiu "agarrar a oportunidade, que é um sonho pessoal", e deixar o negócio nas mãos de "pessoas muito competentes".

Chegar a este patamar é "um orgulho para todos" e uma forma de "fortalecer" a relação com a família e os amigos "com conversas, com partilha de histórias e fotos. Esta situação faz-me sentir mais forte vivendo aqui sozinho", garante Guilherme Magalhães que vive num meio familiar "de trabalho, que olha para a vida de uma forma simples e humilde, uma família que adora futebol, mas, infelizmente, nunca ninguém foi profissional".

Começou a jogar futebol aos nove anos e fê-lo durante 24 anos. Quando entrou na universidade, aos 20, começou a conciliar a vida de jogador com a de treinador e, durante 12 anos, foi treinador principal de vários escalões. Neste percurso destaca o título de campeão (por duas vezes), no escalão de sub-19 e sub-23.

Mais tarde, decidiu que queria ingressar a tempo inteiro no futebol, enquanto preparador físico, e as portas abriram-se "numa equipa do Campeonato de Portugal". Antes de partir para a Finlândia, estava no Pevidém SC. "Estava a ser um bom desafio, mas surgiu esta oportunidade".

Para este novo desafio, o agora treinador-adjunto / preparador físico do IFK Mariehamn confessa-se "muito ansioso", porque sabe que vai estar "entre os melhores da área e, isso, é desafiante", mas sente-se "um privilegiado por estar entre eles".

Mas será um desafio difícil? Guilherme Magalhães não tem dúvidas em responder que "difícil é quando nos sentimos confortáveis e começamos a sentir que a área em que trabalhamos já não nos preenche. Por isso, eu olho para este desafio como uma oportunidade de me sentir vivo, de aprender e de estar entre os melhores. Fui eu que me coloquei nesta pressão e sei que tenho de ser bom para a saber suportar, com humildade tenho de saber ouvir, respeitar e aprender".