Um grupo de professores da Escola Básica e Secundária de Castelo de Paiva está em greve durante esta quarta-feira, dia 14 de dezembro, pela escola pública e “pela qualidade da educação”.
“Estamos a lutar pela escola pública, pelos nossos alunos e pela qualidade da educação. É isso que nos move”, afirma ao Jornal A VERDADE Virgínia Amaral, professora de Geografia, explicando que o dia começou também com uma manifestação deste grupo de professores que não são sindicalizados.
Uma das principais razões para esta greve prende-se com o novo modelo de recrutamento previsto. “O ministro ainda não pôs cá fora o diploma concreto, mas o que é facto é que já mostrou aos sindicatos algumas versões e as ideias que lá estão são, de todo, contrárias àquilo que nós queremos e que precisamos com o modelo de recrutamento. Portanto, queremos um modelo de recrutamento justo, que seja sempre por graduação profissional e que, nas entrelinhas, não haja cá o Conselho de Diretores e o perfil que eles querem para professores serem colocados em determinadas escolas”, indica.
Além disso, a docente afirmou que querem “uma avaliação justa, sem quotas”. “Para além dessas quotas, somos obrigados a estar numa lista a nível nacional, que claro que têm milhares de professores e nas quais podemos estar lá vários anos. Portanto, isso significa não progredir na carreira”, explica.
Virgínia Amaral, professora desde 1996, lembra ainda a contagem de tempo de serviço e o facto de não serem “equiparados aos técnicos superiores”. “Por exemplo, agora, a nível de acesso, aquela subida que está prevista para janeiro, nós continuamos com os 50 e poucos euros e os técnicos superiores cento e tal euros”, continua.
A professora acredita que estas reivindicações e manifestações vão surtir “algum efeito, algum impacto e já causou algum incómodo, tanto que o ministro já cancelou pelo menos uma reunião que temos conhecimento”, comenta, referindo que “isto já está a causar algum incómodo, interessa é que realmente aquilo que ele está a prever não vá para a frente”.
