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Grupo de Bombos de S. Lourenço: Um projeto familiar que hoje "é para todos os que gostam"

Redação

Com apenas dois bombos e duas caixas nasceu, pelas mãos de Fernando Peixoto Pereira, o Grupo de Bombos de S. Lourenço, no concelho do Marco de Canaveses. Decorria o ano de 1994 quando pais e seis filhos se uniram para criar o grupo. "Os meus pais compraram os instrumentos e como eu e os meus irmãos já sabíamos tocar desde pequenos, formamos um grupo pequeno, que cresceu até ao que é hoje", recorda o filho mais velho Fernando Pereira.

Os convites para as festas e romarias não tardaram em chegar e Fernando Pereira ainda se lembra da primeira atuação. "Se a memória não me falha foi em S. Martinho de Recezinhos, em Penafiel".

Vinte e nove anos depois, o pequeno grupo deu lugar a um maior e o sucesso deve-se a vários fatores. "Já conhecíamos muitas festas, porque começamos desde pequenitos e também é uma questão de sorte. Toda a gente gostava e foi crescendo assim, palavra passa a palavra".

Hoje, o Grupo de Bombos de S. Lourenço é maior, "nunca há um número certo, podemos ser 25 ou 30", e vai além da família, é para toda a gente", garante o porta-voz.

No entanto, como nos diz Fernando Pereira, apesar do "gosto", integrar um grupo de bombos é "cansativo, ou se gosta ou não. Não somos associação e o que recebemos não paga o que fazemos, mas quem anda por gosto não cansa".

De Norte a Sul do país são vários os grupos de bombos que animam as mais variadas festas, mas para o porta-voz, este "não é um grupo de bombos qualquer. Somos diferentes na forma de tocar, porque tocamos músicas que outros não tocam. Os instrumentos são os mesmos, mas as músicas não. Tocar concertina qualquer grupo toca, mas não como nós".

O grupo diferencia-se também pelo legado familiar. "Tenho um filho e um sobrinho que tocam comigo, a minha milha leva a bandeira e também já toca concertina. Vai estar sempre na família, mas é para todos e para quem gostar".

A "forma diferente de tocar" já levou o grupo além fronteiras - duas vezes aos EUA e uma vez a França - mas também ao pequeno ecrã. O Grupo de Bombos de S. Lourenço está nas meias finais de um concurso televisivo (RTP) e Fernando Pereira reconhece que esta presença, a convite do programa, "vai mostrar que os bombos não são aquilo que muita gente pensa. Há bombos, e bombos". O porta-voz agradece "a quem votou" e pede que continuem a apoiar no dia 18 de maio, na semi-final do concurso.

A presença em eventos é garantida e, para este fim de semana, será em Santo Isidoro, em Marco de Canaveses, e em Felgueiras, no dia 30 de abril, na abertura oficial das Festas de S. Pedro'23.

No final da entrevista, Fernando Pereira não esquece a importância dos pais na criação do grupo, "se não fossem eles nunca teria nada disto. O meu pai acompanha-nos e quando preciso vai muitas vezes comigo".