grupo coral rodribina rio de moinhos penafiel
Publicidade

Celebrados 50 anos, o Grupo Coral Rodribina, criado em Rio de Moinhos, no concelho de Penafiel, espera manter-se em pé e captar novos rostos, sobretudo jovens, para o grupo. Acreditam que é na juventude que está a “energia, irreverência e alegria” para fazer mais e melhor.

Carlos Couto é membro do Rodribina praticamente desde o início. Em entrevista ao Jornal A VERDADE, explica que há 49 anos, altura em que se juntou ao Grupo Coral, eram “outros tempos. Não havia tantos passatempos, nem havia internet, uma das coisas que puxava era o convívio do grupo. Ainda era miúdo, tinha cerca de 13 anos, e a minha irmã e os meus irmãos começaram a ir para o coro, fui, gostei e acabei por ficar lá”, recorda. Para além disso, era também uma forma de “sair de casa à noite e espairecer”. 

O penafidelense explica que o nome ‘Rodribina’ é uma homenagem aos “rodriguinhos” e às “bininhas” de Rio de Moinhos. “Nascemos como Grupo Coral e, no princípio, faziamos só o serviço litúrgico. Nessa altura, havia duas pessoas, já com uma certa idade, que eram muito ligados à Igreja, um chamava-se Rodriguinho, e a outra era conhecida por Bininha. Por brincadeira, um dos nossos elementos começou a chamar aos homens rodriguinhos e às mulheres bininhas, a moda pegou e, um dia mais tarde, quando decidimos formar a associação tivemos de escolher um nome, e então decidimos fazer uma pequena homenagem aos rodriguinhos e às bininhas”. 

Para além da música litúrgica, o Grupo Coral Rodribina organiza vários convívios, magustos, piqueniques, passeios e, por vezes, concertos, nomeadamente, de coros de ópera, música popular e encontros corais. 

O Grupo Coral Rodribina é composto por cerca de 35 pessoas e Carlos Couto espera sempre pela chegada de mais pessoas, sobretudo, jovens. “Há cerca de dez anos ainda tinhamos 50 elementos, em que cerca de 40 eram jovens, agora a média da idade já escalou, ainda temos alguns elementos novos, mas daqui a alguns anos vamos ficar um grupo de velhotes, porque é muito difícil captar malta nova”. 

Aos 62 anos e com 49 dedicados a esta casa, o penafidelense espera ver novos rostos a aparecer. “Poderiamos tentar outro tipo de música, música mais erudita, por exemplo sacra, porque a malta nova que saiu faz-nos muita falta. Gostavamos de contar com eles pela irreverência e pela vontade de dar alento e alegria ao grupo, porque com a idade começamos a ficar mais velhos e a nossa disposição, quer queiramos ou não, começa a não ser tão viva”, terminou. 

A quem restam dúvidas, Carlos Couto partilha que no Rodribina vivem-se “bons convívios. Gostamos daquilo que fazemos, a música é algo que nos interessa e temos a parte do recreio e o convívio semanal. Festejamos todos os aniversários e há sempre aquele brincadeira que nos vai unindo e dando força para nós continuarmos”.