gravida
Publicidade

Alberto Caldas Afonso, da Comissão Nacional de Saúde Mulher, Criança e Adolescente deixou a recomendação para que a grávida que ligue para a Linha SNS 24 e seja triada com a pulseira verde (pouco urgente) seja encaminhada para uma consulta aberta hospitalar em 24 horas.

A proposta foi apresentada esta terça-feira, 22 de outubro, em conferência de imprensa, no âmbito do plano de reorganização para as urgências de obstetrícia/ginecologia e pediatria.

A mesma indica que a grávida que for triada com pulseira azul (não urgente) será enviada para uma consulta aberta nos cuidados de saúde primários no dia útil seguinte ou para uma consulta normal.

No caso de a grávida se dirigir pelo próprio pé à urgência será aconselhada a ligar para a linha SNS 24. Caso não queira ligar, será observada por um enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstétrica (EESMO).

De acordo com Carlos Afonso há, ainda, outras situações previstas no fluxograma que preveem o reencaminhamento direto para a urgência de obstetrícia e ginecologia, nomeadamente se a grávida tiver uma carta do médico ou de um enfermeiro especialista, for reencaminhada por uma emergência pré-hospitalar ou se correr risco de vida.

O coordenador realçou a importância da disponibilidade da linha SNS 24“em tempo célere, o que tem acontecido, e um encaminhamento adequado”.

O coordenador do plano salientou ainda que é preciso retirar das urgências obstétricas cerca de 45 a 50% das situações que não são consideradas urgentes e que estão a condicionar os recursos humanos.

“São situações muito simples (…) que não faz sentido que vão consumir recursos humanos mais diferenciados que têm que estar vocacionados para aquilo que é a missão daquela unidade, dar a melhor assistência a quem vai ter o seu filho”, comentou.

Governo vai criar Linha SNS Criança para descongestionar urgências

Na mesma conferência foi anunciado que o Governo vai criar a Linha SNS Criança, como uma das medidas do plano de reorganização das urgências de Obstetrícia, Ginecologia e Pediatria, com o objetivo de evitar o recurso as urgências hospitalares, através do atendimento por profissionais de saúde.

O Ministério da Saúde não vai encerrar urgências obstétricas e pediátricas nem de forma definitiva nem alternada. A ministra da tutela refere que o executivo quer evitar as medidas que “tanta ansiedade trazem aos utentes e pais das crianças”.

Ana Paula Martins indicou, também, que o plano de reorganização das urgências avança nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Oeste e Península de Setúbal. Segundo a governante, são estas as regiões que passam “maiores dificuldades”. Depois de um período de teste, o plano poderá ser alargado ao resto do país.

O CAC Pediátrico do Porto vai funcionar na Prelada, onde já funciona o de adultos e em Lisboa será na Cruz Vermelha.

Para o de Lisboa serão referenciados utentes dos hospitais Santa Maria, Estefânia e s Francisco Xavier. Para o da Prelada os utentes dos hospitais de São João, Santo António, Gaia e Matosinhos. Ainda não há data para os centros começarem a funcionar.