Evolução constante e investimento são a principal chave para o sucesso da empresa Irmãos Peixoto. No setor da pedra há 28 anos, a empresa tem apostado na internacionalização e na área comercial, o que ajuda “a abrir o leque de mercado”. Rui e António Peixoto são os irmãos que, há quase três décadas, iniciaram esta aventura e que veem “com bons olhos” toda a evolução conquistada, que se foca no “acompanhamento constante do mercado” e em estar “na linha da frente”.
O investimento é outra das chaves para “fazer face ao mercado. É óbvio que temos de estar sempre a investir, ter tecnologia e estar sempre à frente. O investimento em maquinaria é fundamental, não podemos parar porque, para chegar onde chegamos demoramos muitos anos e é uma luta constante”, referiram os irmãos Rui e António Peixoto.
Um setor com algumas dificuldades, principalmente a nível de leis, que têm vindo a dificultar, “desde a limitação de área, até às garantias bancárias, que são imensas, é um pouco complicado. É também um setor que hoje está aberto ao mundo, há outros países também que são nossos concorrentes diretos e nós temos de os combater, não estamos sozinhos no mercado, então é fundamental estarmos sempre na linha da frente, para podermos acompanhar o que é feito, não só em Portugal mas também em todos os outros países”.
Para fazer face a estes desafios, a empresa Irmãos Peixoto aposta “na qualidade, na comunicação direta, na confiança e no prazo de entrega. É aí que nos diferenciamos. Claro que também temos boas qualidades de granitos no nosso país, mas acreditamos que é pela confiança que damos ao cliente, porque somos um país em que as empresas cumprem com os compromissos estabelecidos e nós mantemos essa regra. A confiança do nosso cliente é muito importante para o nosso crescimento”.
Investimento é “para continuar”
Apesar de, nos últimos anos, a contratação de recursos humanos ter sido um desafio, Rui e António Peixoto consideram que tem sido possível contratar “pessoas novas. A maior dificuldade, nesta altura, é na parte da extração, porque na transformação, vamos colmatando com a compra de equipamentos e máquinas novas, até porque, os mais novos, estão familiarizados com a tecnologia e, para eles, é fácil aprender. Temos agora a robótica que é o futuro e temos apostado na formação também”.
E o investimento continua. “Daqui a uns dias iremos comprar um robô na parte dos canteiros. É um setor que tem evoluído bastante nesse sentido, de minimizar a dificuldade física do setor. As empresas têm investido em recursos mecânicos para poder minimizar o esforço do homem”, acrescentando que é também importante “pagar salários justos, para os poder manter nas nossas empresas. Dar condições de trabalho aos nossos colaboradores é fundamental e a proximidade que temos com os nossos funcionários é outro dos motivos que nos deixa muito orgulhosos”.
Rui e António Peixoto defendem ainda que é “com os recursos humanos que a empresa cresce. Se não houver recursos humanos, a empresa não se desenvolve”. E é neste sentido que a Granitos Irmãos Peixoto se prepara para dar mais um passo “a nível de funcionalidade da fábrica. O objetivo passará por contratar um engenheiro de gestão industrial para nos poder ajudar, porque, todo o percurso de transformação é cada vez mais mecanizado, e necessitamos não só de lápis e sebenta, mas também de equipamento para isso”.
Irmãos Peixoto exportam cerca de “80 a 90%” e “qualidade” é fator chave
A exportação é outra das chaves para a empresa que exporta cerca de 80 a 90%. “É um mercado que nos interessa porque é um mercado alargado, é um mercado de vários países, até porque se houver uma crise num país, nós temos, ‘os ovos’ divididos em várias cestas. Se o mercado estiver menos bom, nós temos outro que nos segura. Queremos, alargar mais, não demasiado, para mantermos a qualidade e a resposta que temos dado aos nossos clientes, mas também, pelo risco. Nós quanto mais alargarmos o nosso mercado, mais fácil é para nós nunca nos falhar o trabalho”.
Para o futuro, a Granitos Irmãos Peixoto vai investir “numa nova fase, num novo tipo de equipamentos que podem ir mais à frente. São equipamentos muito mais caros, mas também mais produtivos para fazer face à resposta, porque hoje o mercado é muito exigente. Não é só a qualidade, também é preciso resposta rápida, de imediato, e nós temos de ter essa resposta. E isso faz com que nós tenhamos de investir em equipamento”.
Recentemente a empresa investiu numa nova pedreira em Vila Real. “Começar uma pedreira de novo exige bastante investimento e também temos feito isso nas matérias primas, investimos na parte da fábrica. Temos de pôr a roda a funcionar e vamos ter que investir, consequentemente, aqui na fábrica para dar resposta ao seguimento de outros investimentos que temos feito. Ao melhorar, naturalmente, crescemos. Vamos ser mais produtivos, mas o crescimento tem de ser gradual e, nesse sentido, os investimentos também nos vão fazer crescer”, referiram.
Bienal da Pedra é “importante para a divulgação da nossa terra e do granito”
Com a Bienal da Pedra à porta, a Granitos Irmãos Peixoto considera que este é um evento que permite “divulgar a nossa terra, o granito e as empresas. É mais uma promoção do setor e da região, do que propriamente, de cada empresa. Obviamente que as empresas contribuem para isso, a câmara também, a junta de freguesia também tem tido vontade para isso. Também é importante que a câmara se envolva, porque se a câmara não se envolver, nós não temos a mesma força, como é lógico. Vejo sempre positivamente e também nos promove, dá-nos algum ego mostrar à nossa terra o melhor que fazemos. É importante porque muita gente não sabe a dimensão que temos, é uma oportunidade para mostrar aquilo que somos”.
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