manuel pizarro
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O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira, dia 28 de novembro, que chegou a acordo intercalar com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), para um aumento dos salários a partir de janeiro de 2024.

O aumento salarial vai aplicar-se a todos os médicos, privilegiando as remunerações mais baixas. “Os assistentes hospitalares com horário de 40 horas terão um aumento de 14,6%, os assistentes graduados de 12,9% e os assistentes graduados sénior de 10,9%. Modelo similar será aplicado a cada uma das carreiras médicas”, pode ler-se no comunicado enviado às redações.

Na mesma nota, o Governo explica que “concluiu as negociações com as estruturas representativas dos médicos, tendo chegado a um acordo intercalar com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para um aumento dos salários em janeiro de 2024”.

O presidente do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha acredita “não será com este acordo que os problemas do Serviço Nacional de Saúde, que se vêm acumulando ao longo de décadas, irão ser resolvidos”, mas frisa que o entendimento visa dar “alguma tranquilidade aos portugueses. O acordo é um sinal objetivo de responsabilidade” e “vai obrigar o próximo Governo a voltar a falar connosco logo que seja possível”, afirmou.

No entanto, a Federação Nacional do Médicos (FNAM) rejeitou o acordo salarial proposto, considerando que é “um mau acordo para os médicos. É um mau acordo para o Serviço Nacional de Saúde, isto não vai permitir fixar médicos no SNS”, disse a presidente, Joana Bordalo e Sá, à saída da reunião com a tutela, no Ministério da Saúde, em Lisboa.

Após o acordo intercalar com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que define os aumentos salariais, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, considerou que há “boas razões para acreditar que o coração do SNS está mais saudável. Este é um acordo intercalar, é o acordo possível do Governo. São conhecidas as circunstâncias políticas em que nos encontramos, é o limite a que podíamos chegar e foi um esforço muito grande de parte a parte, da nossa parte e também da parte do Sindicato Independente dos Médicos (SIM)”, garantiu no final das negociações com os sindicatos representativos dos médicos.