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Depois de uma reunião com o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), o ministro José Luís Carneiro alertou, esta quarta-feira, dia 17 de agosto, para a terceira vaga de calor que se vai fazer sentir já a partir do próximo fim de semana. 

As declarações foram feitas após a reunião do IPMA com o ministro da Administração Interna José Luís Carneiro e com a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.

O ministro da Administração Interna, José Luís Carlos referiu que o aumento das temperaturas vai chegar a partir do próximo sábado, 20 de agosto, e vai-se manter até setembro. “Vamos ter tempo, em regra, mais quente do que os setembros anteriores entre 50% e 60% e mais seco entre 40% e 50%”, afirmou. “Acho que isto diz tudo dos riscos acrescidos que teremos de enfrentar”.

Tendo em conta as previsões meteorológicas, que apontam para aumento das temperaturas nos próximos dias, o ministro frisou a hipótese de regressar à situação de alerta ou de contingência. “Não podemos excluir esse cenário”

José Luís Carneiro acrescentou ainda que “são cenários que temos de ter em cima da mesa para avaliação no quadro das decisões no âmbito da Autoridade nacional de Emergência e Proteção Civil”.

No quadro da Proteção Civil, “as autoridades vão ter de reunir de novo todas as forças e serviços.Têm estado a reunir regularmente, mas em núcleo, que tem que ver com a decisão operacional, para fazer face aos incêndios. Mas vamos ter que olhar para todo este dispositivo que está preparado”, disse.

Perigo de incêndio rural mantém-se

Por sua vez, o presidente do IPMA alertou que se mantém o perigo de incêndios rurais. “O perigo de incêndio rural em Portugal está ainda a meio da campanha, passámos uma onda de calor de grande intensidade e que chegou a temperaturas que quase rondaram os cinquenta graus, passamos uma segunda onda com menos intensidade, mas mesmo assim com grande impacto e vamos passar uma terceira onda de calor provavelmente dentro de dias”, afirmou Jorge Miguel Miranda, acrescentando que “as previsões não são positivas em termos de precipitação. A situação na Europa ainda será talvez pior do que a média em Portugal, mas temos um sistema natural que está tremendamente fragilizado e temos ainda um mês e meio, pelo menos, pela frente para sermos capazes de ultrapassar”.

Jorge Miguel Miranda deixou uma mensagem aos cidadãos de que “o esforço feito até agora foi importante. Não é possível resolver todos os problemas, mas o esforço tem de continuar, cada vez de forma mais rigorosa”.

Na região do Tâmega e Sousa as temperaturas irão rondar entre os 15º e os 35º.