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Gonçalo Barbosa regressa a Portugal para pausa natalícia após aventura no futebol de Singapura

Redação

Após um período intenso no Lion City Sailors, um dos mais destacados clubes de Singapura, onde trabalha na formação desde agosto passado, Gonçalo Barbosa regressou a Portugal para desfrutar de umas merecidas férias de Natal. O treinador está a aproveitar a pausa para estar junto da família, rever amigos e, claro, matar saudades da comida portuguesa.

Numa entrevista ao Jornal A VERDADE, o técnico, de 35 anos, descreveu como tem sido a experiência na Ásia.

"Tem sido uma experiência muito enriquecedora, é outra realidade, outra cultura, completamente diferente. Não temos sequer noção do que é o futebol asiático, o futebol em Singapura. Tenho o gosto de estar numa equipa que é a referência no país, aposta no desenvolvimento dos jogadores", confidenciou.

O Lion City Sailors, um clube em crescimento, já fez história ao passar, recentemente, a primeira fase da Liga dos Campeões Asiática, mas o foco, segundo Gonçalo Barbosa, está no desenvolvimento do jogador local.

"O nosso trabalho passa muito por desenvolver aquele que é o jogador local, fazer com que também chegue à primeira equipa, e trabalhar algumas debilidades individuais dos jogadores da primeira equipa", explicou.

Formação: um trabalho a longo prazo

Gonçalo Barbosa trabalha diretamente com a formação e reconhece os desafios do futebol em Singapura.

"É um trabalho que é demorado, vão precisar de 5, 6 anos para atingir um patamar mais elevado", afirmou.

O Lion City Sailors, fundado há apenas quatro anos, tem apostado numa equipa técnica internacional, incluindo um diretor desportivo sérvio.

"São pessoas com a nossa cultura futebolística, o que acho importante para o desenvolvimento do clube", disse. Além disso, jogadores estrangeiros, como "belgas, portugueses e holandeses" têm sido cruciais para o sucesso do clube, especialmente na Liga dos Campeões Asiática.

Gonçalo partilha ainda a visão a longo prazo do clube: "Querem ter um plantel principal com poucos estrangeiros, muitos jogadores locais, e que seja também a base da seleção nacional".

A saudade do calor humano e da comida

De volta a Portugal para uma pausa natalícia, depois de quatro meses em Singapura, Gonçalo Barbosa admite que sentia falta do calor humano e das tradições nacionais.

"Não tinha saudades deste frio, porque lá estão 30 graus o ano inteiro, mas tinha saudades da comida, das pessoas, porque a pessoa asiática não é muito sociável e não é tão afável como a portuguesa", contou.

O treinador destacou a diferença cultural no contacto interpessoal e revelou que o afeto e as tradições portuguesas são insubstituíveis: "Aquele carinho que nós temos de cumprimentar, de abraçar, faz muita falta. Para não falar também da comida, que é algo que nós também sentimos sempre muito".

Gonçalo Barbosa está a somar a sua primeira experiência no futebol internacional. Antes de rumar a Singapura, orientou os juniores do Marco 09. Como treinador principal esteve ainda ao serviço do ADC Várzea do Douro e FC Vila Boa do Bispo.