GNR lança campanha de prevenção da violência no namoro
A Guarda Nacional Republicana lançou uma campanha de prevenção e sensibilização para combater comportamentos violentos e todas as formas de agressão existentes, em especial no namoro entre jovens, entre os dias 14 e 20 de fevereiro.
A campanha #VaisParar visa “alterar comportamentos e evitar que a violência se prolongue no futuro”, por isso, em comunicado, a GNR afirma que quer sensibilizar os jovens para que “digam não à violência e para que consigam travar este tipo de comportamentos quer para si próprios quer para os outros”.
“É importante alertar os jovens para a importância das relações saudáveis, baseadas em princípios e valores tais como a autoestima, o respeito e a tolerância, que são pilar das relações de namoro, promovendo uma cultura anti-violência através de uma maior consciencialização. Para isso, a Guarda continua a direcionar e a priorizar as Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário para as escolas e para a educação dos nossos jovens”, escreve a GNR.
“A prevenção, a investigação e o acompanhamento do crime de violência doméstica são prioridades da atual política criminal” e constituem-se como “uma absoluta prioridade para a Guarda Nacional Republicana”. Neste âmbito, a GNR tem vindo a reforçar as suas campanhas de sensibilização, a apostar em ações de formação ao seu efetivo, para que também esteja mais preparada para agir e acompanhar este tipo de situações.
Em 2020, a GNR registou 1.110 crimes de violência no namoro em todas as faixas etárias, sendo que desses 365 vítimas encontravam-se na faixa etária até aos 24 anos. Em 2021, foram registados 1.105 crimes de violência no namoro, em todas as faixas etárias, registando-se 332 vítimas com idade até aos 24 anos.
“A violência no namoro enquadra-se na violência psicológica e emocional, a violência física e social, e a violência sexual. O impacto deste tipo de violência em idades precoces pode ser a aceitação desta violência no futuro, comprometendo as vítimas envolvidas, as suas famílias e a sociedade no seu conjunto”, refere ainda a GNR, indicando que “denunciar é uma responsabilidade coletiva”.