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No dia 3 de agosto, o Ministério Público (MP) acusou 18 arguidos de tráfico de droga no Grande Porto. A rede em questão abastecia vários traficantes da região através de droga encomendada e de produção própria. As entregas eram feitas através de estafetas e a comunicação era estabelecida com base no Instagram e em aplicações encriptadas. 

Segundo o Departamento de Investigação e Ação Penal de Valongo, a rede dedicava-se à venda de canábis no Grande Porto, pelo menos, desde 2022. Durante a investigação, o Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Santo Tirso localizou outras cinco plantações ao serviço da rede, apreendendo mais de 300 plantas de canábis, 15 quilos de sumidades e três quilos de haxixe. 

Para além disso, a vigilância da GNR documentou dezenas de transações e verificou que as entregas eram feitas na zona da rotunda da Boavista, no shopping Brasília, na Ribeira, junto do Mercado do Bolhão, mas também em bares da “movida” ou cafés no Porto e em Valongo. Ao mesmo tempo recorriam a estafetas e faziam pagamentos através da aplicação Wise.

As buscas realizadas pela GNR em fevereiro deste ano resultaram na apreensão de 15 mil euros, 50 telemóveis, 18 quilos de canábis para venda e mais de 300 plantas.

Os arguidos acusados de tráfico de estupefacientes têm entre 29 e 56 anos.

O JN adiantou que um dos arguidos, ex-segurança de 46 anos e gestor de uma estufa de grandes dimensões no Porto, foi condenado por homicídio na Noite Branca.  Recorde-se que um dos arguidos foi condenado, em 2009, a 12 anos e meio de prisão pelo homicídio de um segurança. A morte ocorrida a 12 de julho de 2007 desencadeou uma sucessão de assassinatos e episódios de elevada violência que abalaram a noite do Porto: o caso Noite Branca.