Tinha apenas cinco anos quando calçou uns patins pela primeira vez e experimentou o hóquei. Passado 10 anos, o jovem Francisco Monteiro já fez parte de vários clubes da região e do distrito do Porto e o próximo desafio passará pela Juventude Pacense. Em entrevista ao Jornal A VERDADE, o atleta, natural de Tabuado, no concelho de Marco de Canaveses, falou um pouco sobre o início da sua carreira desportiva, bem como dos objetivos para o futuro.
Tudo começou quando o professor de ginástica do infantário levou uns patins para uma das aulas. "Ele era também treinador no Hóquei Clube do Marco e levou os patins para experimentarmos. Eu gostei e ele também viu que tinha algum jeito, então fui ao pavilhão experimentar, gostei e fiquei", começou por dizer.
Iniciou-se então "uma paixão" pelo hóquei. Esteve no clube do Marco de Canaveses até ao escalão de sub-13, equipa que foi apurada para o Campeonato Nacional. "Depois surgiu a oportunidade de ir para o Paredes, onde vivi várias alegrias, tive também a oportunidade de ser convocado algumas vezes para a seleção da Associação de Patinagem do Porto, que também foi uma experiência muito enriquecedora. Depois, fui convidado pelo Valongo, um clube onde continuei a minha aprendizagem e, nesta época que terminou, estive na Sobreira, onde fomos campeões no Torneio de Encerramento", descreveu.
Este torneio decorreu no passado fim de semana no Pavilhão de Vila Boa do Bispo e o jovem atleta marcoense marcou o único golo da meia final, que permitiu à sua equipa chegar à final. No último jogo, marcou também o primeiro golo da equipa da Sobreira. "É sempre uma sensação boa marcar o golo, claro que não ia para lá a pensar que tinha de marcar, fui para lá a pensar que tinha de ajudar a equipa, mesmo que fosse só a defender, tinha de ajudar a equipa a passar e a sermos campeões. Tive a felicidade de ser eu a marcar o golo. Claro que é sempre uma sensação boa, mas o que interessa é que ganhamos e que fomos campeões", frisou.
Francisco Monteiro joga na posição universal, ou seja, tanto ataca como defende. "Faço um pouco de tudo, o meu objetivo é sempre ajudar a equipa", afirmou. Sobre o desporto, o que mais o fascina é "a intensidade e a rapidez com que é jogado o jogo. É um jogo muito rápido e inteligente, temos de decidir em cima da hora, pensar muito rápido e é isso que me fascina", afirmou.
A próxima época do jovem hoquista marcoense passará pela Juventude Pacense, clube que está "a apostar fortemente no futuro. É um clube muito bem liderado, com grandes treinadores, com um coordenador das camadas jovens muito experimente e com um foco muito grande na formação. Espero estar à altura do desafio e tudo farei para honrar o convite que me foi feito para integrar este projeto", garantiu.
Francisco lamenta que o hóquei não seja um desporto "muito valorizado", acreditando que se deve à "falta de divulgação da modalidade, falta dar conhecimento às pessoas de que existe o hóquei. É importante dar opções às crianças e, para isso, é necessário dar mais visibilidade ao hóquei, para as pessoas conhecerem mais o desporto. Quantas mais pessoas houver a jogar hóquei, mais espalhada vai ser a modalidade e vão tomar mais conhecimento de que existe o hóquei e que é um desporto muito bom".
Com as "expectativas em alta" para a próxima época, Francisco Monteiro deixa o convite a todos os jovens que queiram experimentar a modalidade: "praticar um desporto é bom para toda a gente e o hóquei, não desvalorizando os outros desportos, é um desporto que requer muita inteligência, um desporto muito rápido, temos de pensar no momento, decidir no momento. É um desporto que vale a pena experimentar, porque se experimentarem vão gostar de certeza", finalizou.
