A Rua da Cadeia e o largo de São Pedro, lugares bem conhecidos pelas gentes de Amarante, voltam a ser o cenário da Festa Amarantina na noite do próximo sábado, dia 2 de julho.
O que começou numa sardinhada entre vizinhos, rapidamente se tornou “no interesse de muita gente e há 12 anos que organizamos esta festa uma vez por ano”, conta Carlos Gallo, responsável pela organização.
É apresentada como uma festa de rua e organizada por um conjunto de moradores e amigos. “E uma organização informal, dinâmica e quase espontânea e que, na época, surgiu com o objetivo de ser apenas um encontro entre vizinhos, mas depois começamos a assumir o compromisso de, uma vez por ano, organizar a festa na perspetiva de atrair pessoas àquela rua, uma das mais antigas de Amarante”, recorda.
Uma rua que se encontrava “desocupada e com casas, na sua maioria, devolutas e abandonadas”, mas que com a Festa Amarantina ganhou uma nova vida. “A nossa ideia era abrir as casas, mesmo as que estavam abandonadas, fazer as pessoas entrar para assistirem a pequenos concertos ou outras manifestações artísticas. Com isso, incentivar as pessoas a viver mais, quer do ponto de vista do comércio quer habitacional, aquela rua”, realça Carlos Gallo.
Realizada ao longo dos anos com base num modelo que assenta no humor, ironia e portugalidade, a edição deste ano contará com mais de 20 atuações, exposições de fotografia, lançamento de livros, teatro e performances de rua, já habituais e duas novidades. “Este ano teremos pela primeira vez duas iniciativas: uma delas é uma corrida de carros na rua, muito divertida e que envolve seis equipas que foram convidadas a participar. A segunda será um casamento a acontecer durante a festa, por volta das 18h00. Um casamento irónico de um casal amigo que se vai casar e vamos fazer um pré casamento”, revela.
A noite está reservada para a música, a acontecer nos três palcos, em casas particulares e varandas, mas também haverá espaço para os “cerca de 30 sítios” de comes e bebes.
A Festa Amarantina é uma atração para muitos visitantes, com uma oferta cultural espontânea, “muito bem desorganizada porque é uma desorganização que queremos que passe, mas que dá algum trabalho”.
A primeira iniciativa vai decorrer pelas 15h00 e será um teatro de rua, organizado pela Cercimarante. Carlos Gallo deixa o convite para uma festa “repleta de iniciativas muito divertidas e organizadas por muitas instituições que merecem também ter o seu público. Normalmente quem vem, volta”.
