joana queiros felgueiras
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“Gostar é o primeiro passo para tudo”. E de facto, para Joana Queirós, tem sido o “gostar de aprender” que a tem levado ao sucesso. Aliás, foi uma das melhores alunas do 12.º ano, da Escola Secundária de Felgueiras, com uma média final de 19,7 valores.

Ainda é jovem, mas muito convicta do que quer para o futuro. Está neste momento no curso de Bioengenharia, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, “a primeira opção”. A área das ciências é um gosto “antigo” e Joana sempre se imaginou “a trabalhar em laboratório. Vi este curso, por acaso, quando estava no 10.º ano, mas a média era bastante elevada e na altura não achava que fosse conseguir. Então ficou em stand-by. No final do 12.º ano tomei mesmo a decisão. Era o curso que me deixava mais curiosa”, conta.

“Curiosa desde pequena”, Joana depara-se agora com uma realidade diferente, num mundo em que tem ser “mais autónoma” e onde é “mais fácil perdermo-nos. Há sempre aquele medo de perceber se estou no sítio certo ou não. Sinto que estão todos a fazer esse caminho. Olho à minha volta e está tudo a pensar em: será que é o sítio certo? Mas estou a gostar tanto do curso, como da universidade”, garante a jovem.

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Joana não tem dúvidas de que foram “as bases do secundário e os professores” que, hoje, a levam a ser “mais organizada. Tive muita sorte, tanto na turma, como nos professores. Adorei a minha turma de secundário, o ambiente era muito bom e vão ficar todos na memória. Dos professores também, especialmente a minha diretora de turma. Nunca vi alguém tão dedicado e que gostasse tanto do que estava a fazer como ela. Dava muito dela a nós. Era espetacular e marcou-me mesmo muito”. Mas recorda também o um professor de física e química, “antes do secundário, marcou-me muito e sempre alimentou a minha curiosidade na área. ainda hoje me lembro falo dele com o maior carinho”.

Para além do empenho e dos professores, a jovem universitária aponta também para o balé como um ponto “essencial” no percurso escolar. “É importante não nos focarmos apenas na escola. No meu caso, acabava por ser mais produtiva, porque como sabia que depois ia ter de parar de estudar, aquele tempo que estudava antes rendia muito. Ajudava-me a gerir o tempo. Além disso, chegava às aulas e esforçava-me mesmo para não pensar em nada relacionado com a escola, era mesmo para aliviar o stress”.

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Diz o ditado que ‘o sonho comanda a vida’ e Joana tem vários para cumprir. Um deles é “ter uma experiência além-fronteiras. O meu curso dá para fazer estágio em Erasmus e gostava porque dá outra experiência e gostava de conhecer outras culturas”.

A viver o “sonho universitário”, Joana faz um balanço do que ficou para trás e reconhece o que poderia ter feito diferente: “Agora olho para trás e penso que poderia ter sido um pouco mais simpática contigo mesma. Pensar ‘vais conseguir, não precisas de te martirizar tanto’. Todos temos semanas em que somos menos produtivos, porque estamos cansados, e não é o fim do mundo. Não é uma hora, ou uma semana, em que as coisas não funcionam tão bem, que vão apagar o trabalho que existiu antes”, reforça.

A ideia de “alta produtividade vendida nas redes sociais” é, para a jovem, um problema que se tem “propagado. Somos muito exigentes connosco próprios, porque vemos nas redes as pessoas a fazer tudo, todo o dia, mas isso não é a realidade, Não conseguimos fazer tanto constantemente e não somos piores, nem estamos a apagar o que já fizemos por causa disso. Então acho que é mesmo importante valorizarmos o nosso trabalho, porque merecemos. Se o dia não corre tão bem, é normal. não apaga o que já fizeste e há-de correr melhor”.