endoencas
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As margens dos rios Tâmega e Douro vão voltar a acolher a tradição secular das Endoenças, que se realiza na Semana Santa. Milhares de tigelinhas vão iluminar o percurso da procissão, que vai ligar as duas margens do troço final do Tâmega, na confluência com o Douro, entre o Torrão (Marco de Canaveses) e Entre-os-Rios (Penafiel), incluindo também a Ponte Duarte Pacheco. A procissão indica o caminho realizado por Jesus Cristo até ao Calvário.

Em entrevista ao Jornal A VERDADE, o padre Cláudio Silva, pároco responsável pelas paróquias envolvidas, explicou que a celebração será feita “como nos anos anteriores. Iremos celebrar a Eucaristia no CIEV, por uma questão de logística e para dar mais relevo à Eucaristia, como uma refeição que Jesus preparou para os discípulos, onde ele se entrega como nosso alimento. Saíremos, de seguida, em procissão, com o Santíssimo Sacramento, para a Igreja e depois, a partir da Igreja, iniciaremos a procissão das Endoenças como nos anos anteriores”, descreveu.

Para o padre Cláudio Silva, trata-se de “uma grande demonstração de fé. Isto vem da tradição de seguirmos os passos de Jesus, desde quinta-feira até à Ressureição. Esta procissão reúne as pessoas que têm esta fé, porque a Páscoa é o momento central da nossa fé, como cristãos. Muita gente participa porque volta a reviver e a celebrar os passos últimos de Jesus”.

Um dos momentos altos da celebração das Endoenças é o encontro de Jesus com a Virgem Maria, que é retratado também na procissão. “É aquele momento em que Jesus encontra a sua mãe no caminho do Calvário. Nós chamamos a esse momento o Sermão do Encontro, em que olhando para estas duas imagens, revesitámos a realidade humana”, defendeu.

Depois da celebração das Endoenças, na sexta-feira, dia 29 de março, pelas 15h00, tem lugar a saída da Procissão do Enterro do Senhor, de Entre-os-Rios até à Igreja do Torrão e, pelas 21h00 decorre a Celebração da Paixão do Senhor, na Igreja do Mosteiro de Alpendorada.

O padre Cláudio Silva defendeu ainda que estas cerimónias “juntam muitas pessoas, não só das paróquias, mas também de fora. Todo o ambiente que se cria, atrai, todas as margens iluminadas vão atrair gente que quer participar, assistindo e vendo esse cenário luminoso”, finalizou.