servico urgencia basica cinfaes
Publicidade

O ACeS Tâmega I – Baixo Tâmega anunciou, no dia 2 de janeiro, o encerramento, parcial, do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Cinfães até 31 de janeiro.

Em resposta à informação divulgada, a dar conta dos constrangimentos para assegurar a escala de médicos no SUB de Cinfães ao longo do mês de janeiro, o município fez chegar às redações um comunicado, no qual faz alguns esclarecimentos da situação.

Contactado pelo município, o responsável pela elaboração da escala de serviço explicou que “este cenário se deve à falta de recursos”, num momento em que há “um vazio na gestão”, devido à criação da Unidade Local de Saúde (ULS). O responsável refere ainda que a falta de médicos para assegurar as escalas “poderá ter sido provocada por questões burocráticas, nomeadamente a não renovação dos contratos de alguns médicos que terão terminado a 31 de dezembro, aguardando-se a nomeação da nova administração da ULS para repor a situação e retomar o normal funcionamento”.

A autarquia contactou, também, os médicos, que “estarão à espera da renovação do contrato de trabalho” e que se “mostraram disponíveis para assegurar, de imediato, o serviço no SUB de Cinfães”.

Para além disso, a Câmara Municipal de Cinfães garante ter conhecimento de médicos recém-aposentados, que se mostraram disponíveis para assegurar turnos.

A autarquia contactou o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, a solicitar “a resolução urgente desta situação”, acreditando que na origem do problema estão “questões meramente burocráticas e não a falta de recursos humanos”. No seguimento do contacto, o diretor informou que “está a avaliar soluções urgentes para este problema, considerada a enorme relevância para os utentes”.

A finalizar o comunicado, o município diz estar a acompanhar “a situação e à procura de soluções”, apesar de “não ser da responsabilidade direta da Câmara Municipal”.

PSD Cinfães: Encerramento do serviço de urgências “vem agravar ainda mais o acesso aos cuidados de saúde de todos os cinfanenses”

O Partido Social Democrata (PSD) de Cinfães já reagiu ao encerramento das urgências durante vários períodos ao longo de 18 dias, até 31 de janeiro e garante que irá “pedir uma reunião com carácter de urgência ao diretor do Centro de Saúde de Cinfães e solicitar a rápida intervenção da Câmara Municipal de Cinfães na defesa dos interesses no concelho“.

Em comunicado, os democratas garantem que a situação “vem agravar ainda mais o acesso aos cuidados de saúde de todos os cinfanenses”, numa altura “em que o Hospital Padre Américo, que serve o nosso concelho, se debate com problemas graves, para garantir o rápido acesso aos cuidados de saúde na região, com longas horas de espera nas urgências“.

O PSD destaca, ainda, a distância à unidade hospitalar, “fruto das fracas acessibilidades do concelho” e as “horas de espera que existem atualmente nesse hospital”, provocando um “limitado o acesso aos cuidados de saúde naquele que é o serviço que assegura o acesso mais rápido e de maior proximidade“.

Face a esta situação, o partido mostra-se “preocupado” e vai “solicitar uma reunião com caráter de urgência ao diretor do Centro de Saúde de Cinfães, bem como a rápida intervenção da Câmara Municipal de Cinfães na defesa dos interesses do concelho, sobretudo, agora que o município aceitou as delegações de competências também na área da saúde“, pode ler-se ainda.

Notícia atualizada às 18h06 de 3 de janeiro.