A Fábrica Duriense anunciou recentemente que já aplicou a semana de trabalho de quatro dias.
Em declarações ao Jornal A VERDADE, Mariana Ribeiro, responsável pela empresa, afirma que a decisão de aplicar esta medida surgiu de forma a contornar as adversidades globais. Com menos um dia de trabalho por semana, a empresária garante que “os salários não foram afetados”. Os funcionários estão “a trabalhar as 40 horas semanais de qualquer forma, estão é de outra forma distribuídas”.

“Como temos quase semanalmente os preços do gás a subir, a par com muitas matérias-primas que nós consumimos que também estão a subir consideravelmente, pensamos de uma maneira talvez até simples demais que é: se nós ligamos os nossos fornos cinco vezes por semana e tirarmos um dia por semana, já é uma redução de 20% àquilo que representa os nossos consumos de gás. O que quer dizer que, para ligar os fornos, temos de os aquecer e se os aquecermos menos 20% mas pudermos utilizar de forma mais sustentável quando eles estiveram ligados, pareceu-nos uma boa ideia, então, decidimos testar”, explica.
De seguida, falaram com os colaboradores para perceber “qual seria a recetividade do lado deles” e “foi unânime que poderia ser uma boa solução”.
A aplicação da medida, desde há cerca de cinco semanas, está “a correr bem”. “A verdade é que, logo passadas duas semanas, o que sentimos foi que a nossa produtividade aumentou de forma considerável. Ou seja, fazemos produção em vez de cinco dias por semana, fazemos quatro, rentabilizamos melhor os nossos recursos”, afirma, referindo que a produtividade “aumentou aí uns 15 a 20%”.

Mariana Ribeiro acredita que tenham sido “pioneiros” em relação à forma como adaptaram a semana de quatro dias de trabalho, mas sublinha que “o ideal é que os preços baixassem”, sendo esta a tentativa de, “pelo menos, minimizar os danos”. A ideia é manter este formato no próximo ano.
A tradicional fábrica de biscoitos foi fundada em 1956 e conta com seis colaboradores na sua fábrica, uma gerência renovada e um recente rebranding.
