encontro de confrarias douro tamega marco de canaveses
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A tenda do Festival Raízes, em Marco de Canaveses, recebeu este sábado, dia 25 de maio, o 2.º Encontro de Confrarias do Tâmega e Sousa e dois showcooking’s, levados a cabo pelos chefes Hugo Vale e Pedro Machado. Este evento gastronómico e de confraternização pretende elevar o anho assado e realçar a importância que ele tem na envolvência da região.

O chanceler da Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno, Luís Brás, explicou que este encontro foi desenvolvido de prepósito para ser aplicado no Festival Raízes. “Queríamos trazer a envolvência das confrarias para as raízes do Marco, mas queríamos motivar as confrarias a fazer algo do género nas envolvências do Tâmega e Sousa. Para além de ser uma forma de as confrarias conversarem e trocarem impressões”. 

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O evento gastronómico e de confraternização teve seis confrarias presentes: Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno, Confraria do Granito, de Alpendorada; a Confraria do Bazulaque, de Lousada; Confraria da Cebola e do Presunto, do Vale de Sousa; Confraria de Meinedo; Confraria do Abade de Periscos, embora o convite tenha-se estendido a todas as confrarias a nível nacional. Luís Brás relembrou que este domingo, dia 26 de maio, comemora-se o Dia Nacional da Gastronomia que foi “instituído em Marco de Canaveses no ano de 2015”. Uma data que leva várias confrarias nacionais a realizar eventos no mesmo fim de semana.

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No encontro, Hugo Alves, chefe de cozinha, e Sandra Pereira, executiva da Rational, ajudaram a confraria com o segundo encontro através de um showcooking que “mostrou as potencialidades do anho com os produtos da região, mas também na inovação da gastronomia já que este prato tradicional pode ser executado num grande restaurante”.

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Para o chanceler, o mais importante é levar até às confrarias a ideia de que “o anho assado é importante para a região, porque é transversal a todos. O granito está cá porque metemos o anho em fornos a lenha que são feitos de granito, a chapelaria está cá porque as pessoas iam buscar o rebanho com um chapéu de palha e isso é importante, também associados à gastronomia líquida que é indissociável através dos vinhos. A confraria está cá para promover as tradições e divulgar e promover também os municípios”. 

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Hugo Alves, natural de Braga, é chefe de cozinha de um restaurante em Guimarãs e foi chefe  do ano em 2021. Ao Festival Raízes chegou a convite da confraria e com o apoio de uma marca alemã líder do mercado. “Estamos a dar apoio ao Festival Raízes para dar a conhecer à população em geral e profissional que é possível executar as tradições com equipamentos que dão resposta a um problema que estamos a viver que é a falta de recursos humanos. Com estas máquinas, conseguimos manter o sabor antigo de forma mais tranquila, rápida e sem supervisão”, explicou ao Jornal A VERDADE.

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Para dar a conhecer o anho assado à região, Hugo Alves optou, na noite de sexta-feira, 24 de maio, por fugir ao tradicional através de “uma tortilha de anho, uma favada de anho, favas essas de um produtor local, e um folhado de anho com grelhos salteados também da região para mostrar que a partir do anho assado é possível construir vários pratos para agradar a todas as pessoas”, realçando que “o feedback foi muito bom, mesmo das pessoas que são mais conservadoras nas receitas”, garantiu. 

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