É habitual dizer-se que quem corre por gosto não cansa e é mesmo esse o sentimento de Eva Barbosa, técnica de Imagiologia, há 50 anos a trabalhar no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.
A mãe já era funcionária no Hospital Padre Américo e Eva Barbosa costumava acompanhá-la por diversas vezes. Já conhecia os cantos à casa desde pequena e começou “a ajudar aqui e ali”. “Eles gostavam de mim e surgiu a oportunidade de integrar-me como auxiliar no Raio-x”, conta, explicando que começou a realizar alguns trabalhos muito por incentivo dos médicos. “Tive muito apoio de toda a gente. Sempre fui muito estimada”, confessa.
Entretanto, aos 25 anos, houve a possibilidade de fazer um curso de técnica de Radiologia e assim o fez. Chegou a trabalhar em várias clínicas privadas, em quatro locais ao mesmo tempo, sempre se mantendo no CHTS, e comenta que não era difícil a gestão de tudo. “Sou muito metódica, muito organizadinha”, sublinha.
“Sempre adorei e adoro. É uma paixão mesmo. Tenho muito gosto pelas pessoas, pelos doentes, por ajudar. Além de ser uma profissional, faço, do fundo do coração, porque gosto. Aqui me mantenho e não sei quando vou embora”, brinca.
Hoje, aos 64 anos, afirma que, apesar das várias experiências que teve ao longo da sua vida profissional e de já ter estado no bloco operatório, urgências, exames especiais, entre outros, está “sempre disposta a aprender”. O CHTS recebeu recentemente um novo equipamento de Ressonância Magnética e Eva Barbosa foi a sua primeira paciente. “Estou disposta a saber minimamente manobrar com ele”, refere.
Os 50 anos de serviço no CHTS e o seu aniversário foram recentemente marcados por um jantar comemorativo organizado pelos colegas, contando também com a presença do presidente do Conselho de Administração, Carlos Alberto, e do adjunto da Direção Clínica, Barros da Silva. Foi uma surpresa para Eva Barbosa, que “chorou imenso” e sente-se “muito grata” e “orgulhosa”.
Eva Barbosa defende que deve “haver sempre espírito de equipa” e que as pessoas “nunca devem trazer problemas de casa” para o trabalho. “Acho que devemos não confundir trabalho com vida particular e fazer essencialmente aquilo que se gosta. Amo aquilo que faço. É um orgulho e digo isto com muita alegria”, exclama.