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“O cancro é a segunda doença não transmissível mais comum em todo o mundo, e os idosos contribuem significativamente para a incidência desta doença”, revela um estudo recentemente divulgado pela KPMG sobre cancro e envelhecimento e que contou com o apoio da Sanofi.

O estudo revela que o número de novos diagnósticos de cancro em pessoas com mais de 70 anos “aumentará 110% até 2040”, sendo que os DALY (medida da carga económica e social do cancro e do envelhecimento) irão crescer “80% nas próximas duas décadas, com o maior aumento observado nos cancros de mama, estômago e esófago”.

Para além disso, o mesmo estudo estima que o impacto económico e social do cancro e do envelhecimento na China “deve quase duplicar nas próximas duas décadas”, enquanto nos Estados Unidos e na UE terá um “aumento notável entre a população envelhecida”. Até 2040, se os gastos e as políticas atuais permanecerem inalterados, a carga económica e social do cancro e do envelhecimento na União Europeia e no Reino Unido deverão ter um “impacto percentual de cerca de 2,94% do seu PIB”.

Face a estes resultados, os investigadores sugerem várias ações políticas que, “se implementadas, poderiam ter um benefício na diminuição do ónus económico e social a nível mundial, nomeadamente ao nível da educação e formação especifica em prática geriátrica para profissionais de oncologia”. Formação oncogeriátrica como parte do desenvolvimento profissional contínuo; incentivo no uso de ferramentas de avaliação geriátrica e avaliação geriátrica na tomada de decisão em oncologia e melhoria do conhecimento sobre tratamentos para pessoas idosas com cancro com ensaios clínicos específicos para a idade, particularmente sobre estratégias de tratamento e uso de novos medicamentos para idosos acima dos 75 anos, são estratégias apresentadas.

Este trabalho, orientado por um International Cancer Control (UICC), International Society of Geriatric Oncology (SIOG), Global Coalition on Ageing (GCOA) e a China Anti-Cancer Association (CACA), teve como objetivo analisar e estimar o impacto económico e social desta patologia se não forem tomadas medidas adicionais até 2040, procurando aprofundar as implicações do cancro e do envelhecimento. O estudo analisa especificamente três regiões – EUA, China, União Europeia (quatro países da UE: Alemanha, França, Itália, Espanha) e Reino Unido.