flavia de castro
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Feliz “por estar aqui” e com a mesma vontade de viver que teve desde sempre, Flávia de Castro celebra hoje, dia 8 de fevereiro, 100 anos de vida, um momento que foi celebrado em festa e com a família.

“Estou contente por ter chegado aos 100 e gosto de ter esta idade”, diz a mãe de 11 filhos que quer “viver mais, enquanto Deus deixar fico por aqui”.

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A idosa natural da freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão, no concelho do Marco de Canaveses, passa agora os seus dias no Centro de Dia a tricotar e a conviver: “gosto de conviver com as pessoas, é sempre bom estarmos com mais gente, sozinhos não somos ninguém”, diz a centenária.

Uma vida marcada “por muito trabalho”, Flávia de Castro foi padeira de profissão, “distribuir pão de porta e porta com uma cesta na cabeça”, um trabalho pesado mas mais fácil que cuidar de todos os filhos.

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“Dava muito trabalho cuidar dos filhos todos, era sempre a trabalhar, chegava a casa depois de distribuir o pão e ficava a cuidar deles todos”, conta a idosa. Antigamente, cuidar de tantos filhos era difícil e a centenária recorda-se de “ter de ir roubar lenha para conseguirmos aquecer a casa, na altura não havia dinheiro para comprar lenha”.

Apesar das dificuldades dos tempos antigos, Flávia de Castro conseguiu educar todos os filhos, um trabalho que por vezes tinha de fazer sozinha pois na altura “parecia mal as crianças andarem agarradas ao pai”, revela.

Agora como avó, a centenária deixa o trabalho de cuidar e educar os mais novos para os outros: “não me vou meter nisso, não senhora, as mães que os ensinem”, brinca a idosa que aceita o papel de “avó para dar miminhos e estar com a família”.

Entusiasmada por puder festejar 100 primaveras, Flávia de Castro, reflete no seu percurso de vida e salienta que o mais importante na vida é “ter saúde e conseguir dar de comer aos filhos”. De resto o conselho da centenária é aproveitar a vida e “este mundo tão bonito”.

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