fineza e esperanza marco 2024
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Para além da ligação familiar, Fineza Tino e Esperanza Cauindo unem-se pela vontade de estar num lugar com “segurança, tranquilidade e condições de saúde”.

Fineza Tino tem 33 anos e decidiu sair de Angola pela “educação dos filhos” e pela “saúde que é muito melhor do que em Angola”. Chegou ao Marco de Canaveses no dia 31 de maio, com os três filhos, duas meninas e um menino, com 17, 13 e oito anos. No princípio, prevaleceu o “medo”, porque era “tudo novo e um pouquinho difícil”.

Com o tempo foi procurando “sítios de ajuda” até que chegou ao CLAIM. “Conseguiram auxiliar-me, conversar comigo e aconselharam-me com os passos que devia dar para poder organizar e legalizar-me”, recorda.

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Fineza Tino

Para Fineza Tino, o serviço do município tem sido “uma boa ajuda” no esclarecimento “de todas as dúvidas e documentos que são necessários” e, por isso, não se sente “sozinha. Estou muito grata por estar aqui. Inicialmente, não queria estar aqui, a opção era Lisboa, mas vim para o Marco, porque já
tinha aqui família. E, também, gostei muito da cidade. É pequena, mas muito acolhedora”
.

O início da vida no concelho foi “difícil, porque os imigrantes procuram os grandes centros”, mas tem “gostado de cá estar. Tem tudo, principalmente tranquilidade”.

Quando chegou a Portugal, Finezza Tino começou a trabalhar na recolha de framboesa. “Tive uma senhora que me recebeu muito bem e consegui começar a ganhar um pouquinho”. Seguiu-se depois, a entrada na restauração, onde está até hoje. “Sinto-me em casa. Falo com muitas pessoas e são um
povo muito caloroso, acolhedor”
.

Na procura de emprego, a angolana sentiu “algum medo e receio” pela “diferença de sotaque”. Por outro lado, teve uns patrões que a acolheram “muito bem”. Fineza Tino está em Marco de Canaveses para “trabalhar” e proporcionar uma “vida melhor” aos filhos.

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Esperanza Cauindo

A prima, Esperanza Cauindo, de 41 anos, veio para Portugal pelos mesmos motivos e reconhece que “emigrar foi a melhor solução”. Há cerca de um ano e seis meses veio sozinha e em Angola deixou os quatros filhos. O início foi “um pouquinho difícil”, mas facilitado pela orientação do CLAIM. “Conseguiram orientar-me em algumas coisas, nomeadamente com a documentação”.

Quanto ao trabalho, Esperanza Cauindo esteve “algum tempo” à procura de “uma oportunidade. Sem a documentação era difícil ter um um contrato”. Esteve entre Lisboa e Marco de Canaveses e, tal como a prima, trabalhou na recolha de framboesas, até que conseguiu um lugar no mundo do trabalho. “As técnicas da câmara ajudaram-me muito neste aspeto. Apoiaram-me sempre. Tratam-me muito bem, tenho um excelente patrão, bons colegas e tudo corre bem”.

Hoje, a angolana está legalizada e tem “uma vida organizada”. O objetivo é “continuar cá e trazer os filhos. Nós vimos à procura de segurança, saúde e bem-estar e pela família fazemos qualquer coisa”.