O Lar Conselheiro António Cândido, da Santa Casa da Misericórdia de Amarante, foi alvo de uma intervenção de requalificação e ampliação na sua valência de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas. A requalificação pretendeu acompanhar os requisitos legais em vigor, a modernização do equipamento e a readaptação dos espaços interiores, com o objetivo de melhorar as condições físicas e de acessibilidades dos utentes.
Augusto Silveira, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Amarante, destacou a importância destas intervenções. “A evolução da Misericórdia tem sempre em atenção a necessidade das pessoas, não só em termos de oferecermos os melhores serviços, mas também as melhores condições de alojamento para que se sintam bem”, disse.
O provedor recordou que, nos últimos anos, as “patologias das pessoas têm mudado radicalmente. O que tínhamos, há dezenas de anos, hoje está completamente ultrapassado, uma vez que o nível de dependências é muito grande e temos de adequar as instalações a essas novas condições”. Augusto Silveira destacou, para além das intervenções, a importância do investimento na formação. “Temos de formar as pessoas para essas novas patologias. É importante também investir”, disse.
Esta estrutura residencial é uma das que compõem as valências da Santa Casa da Misericórdia de Amarante, tendo capacidade instalada para 116 utentes e acordo de cooperação com a Segurança Social num total de 112 utentes.
As intervenções contaram com o apoio dos fundos comunitários, através do Norte 2020, no âmbito do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa. “Houve um mapeamento da câmara municipal, nós concorremos com este e com outros projetos, este inicialmente teve uma comparticipação baixa, depois, com a evolução, penso que vamos atingir cerca de 85% de financiamento. A grandeza da Misericórdia obriga a que haja uma gestão muito apertada e, por isso mesmo, qualquer auxílio destes é bem-vindo. Vamos atingir as 400 camas, os 300 trabalhadores diretos. É de louvar esta abertura dos quadros comunitários para a ajuda ao setor social”, finalizou.
Tornar acessível a todos os indivíduos as possibilidades de alojamento, cuidados de higiene e saúde, nomeadamente na terceira idade, foi outro dos objetivos atingidos com esta requalificação. Estas intervenções permitiram, ainda, contribuir para a melhoria da rede de equipamentos e reforçar as respostas sociais da Santa Casa da Misericórdia de Amarante.
A Requalificação e Ampliação do Lar Conselheiro António Cândido é um dos projetos que integra o Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial (PDCT) do Tâmega e Sousa, um envelope financeiro de mais de 78 milhões de euros, destinado a apoiar, através dos fundos europeus, projetos públicos, sociais e empresariais que contribuam para o desenvolvimento, valorização e coesão deste território.
Firmado em 2016 pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, e em vigor até ao final de 2023, o PDCT do Tâmega e Sousa tem no apoio ao setor social uma das suas prioridades de investimento.
No total, foram apoiados mais de 400 projetos, dos quais cerca de 50 do setor social, um investimento que ascende a mais de 8,5 milhões de euros de fundos comunitários.
A divulgação dos projetos do PDCT do Tâmega e Sousa é cofinanciada pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.