Filha de emigrantes Érica Carvalho nasceu em França e, aos seis meses, mudou-se para Portugal, onde vive desde então. A adaptação foi “relativamente fácil. Era muito nova”, conta a jovem, agora com 18 anos.
Terminado o curso de Técnico de Auxiliar de Saúde na Escola Secundária de Lousada – como a melhor aluna – Érica decidiu não seguir o ensino universitário, mas, mesmo assim, confessa que “esta nova fase, a entrada na vida adulta, tem sido desafiadora. No entanto, sinto-me motivada para explorar novas oportunidades e ganhar mais independência”, garante.
Os sonhos são vários e passam, também, por “abrir um negócio relacionado com animais” e, quem sabe um dia, “tirar um pequeno curso na área para ganhar mais conhecimentos”.
Voltando à escola, Érica Carvalho recorda que era “melhor em algumas matérias do que em outras”, mas sempre foi “dedicada. Por exemplo, houve uma altura em que não era muito boa a matemática, mas quando entrei no ensino secundário, comecei a tirar boas notas e até passou a ser uma das minhas matérias favoritas, juntamente com biologia, português e inglês”, recorda.
Estar “atento” é “metade do caminho” para o sucesso escolar, considera a jovem que, ainda durante o percurso escolar, trabalhou como “animadora de crianças, em festas de aniversário”, mas conseguia dividir “bem a escola com possíveis distrações da vida pessoal”.
“Vejo o ensino profissional como uma excelente opção”
Ter frequentado o ensino profissional foi uma experiência “muito enriquecedora, com muitas oportunidades de aprender na prática e desenvolver habilidades essenciais para o mercado de trabalho”. Por isso, Érica Carvalho acredita que este ensino pode ser “uma excelente opção para quem procura formação prática e diretamente ligada ao mercado de trabalho”.
Com a experiência na primeira pessoa, a jovem de Lousada não tem dúvidas de que o ensino profissional “ainda é pouco valorizado por muitos alunos e pela sociedade em geral. É importante que haja mais reconhecimento das suas vantagens. Aliás, a meu ver, que segue este ensino está mais preparado para o mercado de trabalho, pois adquire competências práticas que são muito valorizadas pelos empregadores”.
Falando em mercado de trabalho, Érica Carvalho não tem dúvidas de que a geração da qual faz parte , “de uma forma geral, está preparada para o mercado de trabalho, embora dependa da pessoa, da vontade e dedicação. Trabalhar não é apenas trabalhar, é também uma forma de ganhar independência. Essa independência traz muitos aspetos positivos e acho que muitos jovens iriam apreciar isso, desde gerir o próprio dinheiro até aprender a tomar decisões responsáveis”.
A fizer uma nova fase, a jovem de 18 anos aconselha os colegas e explorarem “diferentes interesses e não tenham medo de tentar coisas novas, seja na escola ou fora dela. O equilíbrio entre estudar e viver é fundamental. Aprendam a ser responsáveis, mas também a darem espaço para crescer pessoalmente. E lembrem-se de que o percurso de cada pessoa é único. Escolham o caminho que vos faz mais sentido”, termina.