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Em janeiro, a ULS do Tâmega e Sousa poderá ser "o projeto" da região

Redação

Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), espera em janeiro de 2024 ter a ULS (Unidade Local de Saúde) do Tâmega e Sousa em ação. Uma oportunidade que considera ser "o projeto da região". 

Criar uma ULS significa "juntar o Hospital com os cuidados primários, com os centros de saúde vamos poder dar uma resposta muito mais próxima, porque todos os profissionais vão passar a trabalhar integradamente", explicou, em entrevista ao Jornal A VERDADE, Carlos Alberto.

Para além disso, esta intervenção trará também mais possibilidades a nível físico e logístico. "O Hospital está bonito por fora, mas depois estou preocupado com a questão interna. É um Hospital atrativo, os profissionais querem trabalhar no Tâmega e Sousa, conseguimos criar um clima onde os médicos querem vir para cá, isso deixa-me muito satisfeito, em 2016 nós tínhamos de ir à procura dos profissionais, hoje é o contrário, eles é que nos procuram" e, por isso, a preocupação passou a ser o limite do espaço físico, ao invés da falta de recursos humanos.

"Temos limitações enormes do ponto de vista do espaço físico, temos profissionais que se atropelam porque não têm forma de dividir o espaço", acrescenta. Desta forma, a criação de uma ULS trará "mais espaço, resposta e colaboradores, totalizando quatro mil profissionais". 

Em termos numéricos, Carlos Alberto explica que "o orçamento do Hospital neste momento são 150 milhões de euros anuais, em 2016 eram 74 milhões de euros anuais, temos 2700 colaboradores quando tínhamos 1800, a verdade é que hoje temos uma resposta muitíssimo mais alargada. No entanto, estamos a funcionar com custos muito mais baixos do que aquilo que são as ULS de referência. Nós temos uma captação de cerca de 600 euros por pessoa, com um orçamento global do Hospital mais ACES em redor dos 300 milhões de euros por ano, no entanto temos 500 mil pessoas para tratar, o que dá cerca de 600 euros por pessoa. No caso de Matosinhos, por exemplo, o Hospital tem uma captação superior a mil euros, o que significa que se eu tivesse um capitação igual à de Matosinhos eu tinha necessidade de 150 milhões a mais, pelo menos, todos os anos". 

Perante uma região diversificada, Carlos Alberto refere que "a abordagem da ULS tem de ser feita em relação a cada concelho" e que outra grande vantagem será "o serviço mais personalizado e a resposta contínua. A ULS dá resposta, por exemplo, no depois do internamento, as pessoas não saem do sistema", garantiu.