As Eleições Europeias serão realizadas em Portugal a 9 de junho, dia em que os portugueses vão eleger os deputados que irão representar o país no Parlamento Europeu.
Nesse âmbito, Sérgio Humberto, candidato pela Aliança Democrática da região Norte, apresentou na manhã desta quarta-feira, 22 de maio, as propostas para a região que pretende defender em Bruxelas.
Foram vários os temas apontados pelo candidato, como a emigração, a guerra na Ucrânia, a segurança, a habitação, a saúde e o alargamento da União Europeia, mas o discurso ficou marcado pelo crescimento económico e pela dependência do país no que diz respeito ao investimento público.
Atualmente, segundo dados apontados por Sérgio Humberto, 88% do investimento público realizado em Portugal é financiado com fundos da União Europeia, enquanto que a média europeia se fixa nos 14%. Uma realidade que a AD quer “reverter” com o “aumento de fundos próprios”.
O social democrata afirmou não ter dúvidas de que a região do Tâmega e Sousa carece de “obras necessárias, que não podem ficar dependentes da União Europeia“. O destaque foi para o IC35, “uma via de comunicação fundamental para atrair empresas. Não tenho dúvidas nenhumas de que o caso do IC35 já devia ter acontecido há muitas décadas e se tivesse acontecido tinha atraído mais empresas na região. E tendo mais empresas, temos mais emprego diferenciado e qualificado. Hoje, tempo e acessos são fundamentais para as empresas, numa competição global, para terem melhores preços e melhor qualidade”, frisou.
Sérgio Humberto apontou para uma região com potencial, mas que tem sido esquecida ao nível do investimento público. “Sou um regionalista convicto e vou continuar a ser. Por isso, vou debater isso quer dentro do partido, quer dentro do Parlamento Europeu, se for eleito. Não podemos aceitar que esta região continue com atrasos relativamente a outras zonas do país”.
Questionado pelo Jornal A VERDADE se essa será a maior contribuição, enquanto deputado, garantiu que “sim” e pretende ajudar as empresas a ter “melhores condições. Há empresas que podem ir buscar dinheiro a Bruxelas sem passar pelo ‘pacote nacional’. Recolhendo lá a informação, é fazê-la chegar às câmaras, empresas e outras entidades a forma de conseguirem aceder a fundos comunitários em melhores condições para poderem evoluir e entrarem em competição”, acrescentou o candidato pela AD.
Na apresentação, Sérgio Humberto apontou, ainda, para a “importância do Projeto Europeu para o país e para a região” e pelando ao voto no combate à abstenção, que nas últimas eleições (2019) se fixou nos 70%.
