azulejo
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Dois diplomas aprovados na Assembleia da República em 2017 consagraram o dia 6 de maio como o Dia Nacional do Azulejo e a proteção e valorização do património azulejar português. 

A proposta para a criação do Dia Nacional do Azulejo foi apresentada pelo Projeto ‘SOS Azulejo’ em 2016 e aprovada por unanimidade pelo parlamento português a 24 de março de 2017. Um dia instituído com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a proteção do património azulejar, uma tradição e património nacional.

O Projeto “SOS Azulejo” é uma iniciativa com coordenação do Museu de Polícia Judiciária e nasceu da necessidade de combater a grave delapidação do património azulejar português, por furto, vandalismo e incúria.

Portugal celebrou, pela primeira vez, o Dia Nacional do Azulejo, em 2017 e Alberto Guimarães, historiador de arte de Paredes, enaltece um produto que “simboliza muito Portugal e que diferencia a nossa paisagem urbana. Os azulejos identificam a região do Tâmega e Sousa, mas, sobretudo, o país”.

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Historiador há vários anos e dedicado a diversas áreas, o azulejo tem merecido uma especial atenção desde 2019, ano em que se associou à Rota do Azulejo em Paredes, e fruto dessa experiência reconhece que, nos últimos anos, tem “sentido uma maior sensibilidade e preocupação das pessoas que começaram a fornecer indicações sobre os azulejos que vão localizando”.

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Para além disso, Alberto Guimarães aponta para uma outra “faceta interessante” deste produto, indicando os painéis devocionais, “que algumas pessoas têm em suas casas com o santo de devoção”.

Em conversa com o Jornal A VERDADE, o historiador de arte relembra o passado do azulejo. “É principalmente com os emigrantes brasileiros torna-viagem, que o azulejo começa a ser amplamente aplicado. Após uma grande crise económica em Portugal, o produto começou a ser exportado para o Brasil a partir do século XIX. Quando regressaram a Portugal quiseram, de alguma forma, reproduzir um pouco do mundo que ajudaram a construir e fizeram as casas com a utilização do azulejo”, explica Alberto Guimarães evidenciando, “nessa altura, a sua proliferação na região do Vale do Sousa” de um produto que é “um dos grandes contributos portugueses para a história da arte”.

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nquanto historiador, Alberto Guimarães nutre “um afeto ao azulejo”, e encontra-se associado à Rota do Azulejo de Paredes. Em 2019, através de uma recolha feita por si, foi apresentada uma exposição de fotografias do património de azulejar de Paredes e, desde então, se realiza a Rota do Azulejo de Paredes. Para a criação desta rota, o historiador explica que “se partiu dos azulejos que tinham sido localizados e referenciados. Hoje, qualquer pessoa pode visitar, testemunhando esse grande acervo”.

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Acreditando numa “maior sensibilidade que se começa a ganhar para o azulejo”, Alberto Guimarães deixa o apelo “para que as pessoas comecem a olhar mais para os azulejos e os referenciem aos organizamos de cada concelho”