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As origens na Beira Baixa falaram mais alto no coração de Rita Martins Godinho, de 26 anos, que após alguns anos a viver no Porto, decidiu mudar-se para o Fundão para, durante um ano, gerir uma empresa de pequenos eventos. Hoje, é proprietária do CAIS B petiscaria, localizado na freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão, no concelho de Marco de Canaveses.

Da família herdou “o gosto pelas artes e a veia empreendedora” e, por isso, a chefe de cozinha e empresária na área da restauração reconhece que “tudo apontava para esse caminho”.

A estudar Artes na Escola Soares dos Reis, no Porto, decide abandonar a formação “quase no final” para seguir um hobbie que era, na verdade, a sua “paixão desde cirança”: a Cozinha e a Pastelaria. “Enquanto estudava, tive a oportunidade de estagiar e trabalhar ao mesmo tempo no grupo cafeína e fazer parte da equipa de abertura de um dos seus restaurantes”, recordou.

Foi aí que o sonho “de pequena”, em conjunto com mãe, começou a “ganhar forma” e decidiu continuar a estudar para que um dia pudesse ter o seu próprio restaurante.

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Aos cinco anos, Rita Martins Godinho mudou-se para Alpendorada, Várzea e Torrão com a família e, ainda que tenha vivido até aos 23 “em alguns lugares por Portugal”, a região voltou a chamá-la. “Nenhum lugar por onde passei me preenchia tanto como a beleza que temos nesta zona”, confessa.

Por isso o lugar escolhido estava em vista e não pensou “duas vezes” quando percebeu que o espaço, onde é hoje o CAIS B petiscaria, ia ficar disponível. “Como se costuma dizer, atirei-me de cabeça. Ia finalmente concretizar um sonho de família e de pequena”, sublinhou.

Um sonho que começou aos 24 anos. Um local “acolhedor onde se pode desfrutar de uns bons petiscos e um ótimo vinho”, assim apresenta o CAIS B petiscaria, em Alpendorada, Várzea e Torrão. Rita Martins Godinho descreve o “sonho de criança” como um espaço com “duas salas e ambientes distintos, moderno e rústico, com um atendimento cuidado, bons petiscos e novidades e renovações todos os meses”.

O CAIS B petiscaria diferencia-se dos demais pelos “bons petiscos com confeção, toque e apresentação modernos”, um conceito que a chefe de cozinha já tinha definido “quando ainda imaginava ter um espaço físico”. Uma experiência que vai além da gastronomia, pois no CAIS B petiscaria o público pode também passar “uma boa tarde com os amigos, beber um bom copo de vinho ou uma sangria, petiscar e conversar”, usufruindo da vista para um jantar “mais romântico, uma tarde bem passada a estudar ao som ambiente de uma música calma, um jantar de aniversário ou de empresa ou até mesmo para ver o jogo na televisão acompanhado de uma boa cerveja”.

Uma ambição que se tornou realidade e, hoje, o CAIS B petiscaria é um projeto que faz Rita Martins Godinho sentir-se realizada. “Tive dias menos bons, depois de tanta adversidade que temos passado nestes dois anos de luta contra a COVID-19. Mas é quando passamos por períodos de tempestade que percebemos o quanto amamos o que fazemos e, por isso, dou ainda mais valor ao nosso projeto”, constatou.

Conciliar a vida profissional de empresária com a vida pessoal e familiar tem sido “um desafio e tirar proveito delas a cem por cento é impossível”, mas a chefe de cozinha garante que “com algum esforço e dedicação tudo se consegue”.

Na constante tentativa de ter uma vida fora do trabalho, dedicar tempo aos seus animais e também a alguns hobbies, a mãe e o namorado têm sido “pilares fundamentais para que a gestão seja a melhor possível”, assim como toda a equipa que acompanha Rita Martins Godinho e que contribui “em grande parte” para que o puzzle se encaixe “quase na perfeição. Sem a colaboração de todos eles o caminho seria muito mais sinuoso. Estou extremamente grata pelas pessoas que tenho ao meu redor”.

Sempre com o foco na “inovação frequente e na melhoria contínua”, Rita Martins Godinho, uma jovem empresária, deixa uma mensagem a todas as que pretendam seguir as suas pisadas: “façam-no por gosto e invistam no que vos dá prazer”.