rosalia soares
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Comemora-se esta quinta-feira, dia 12 de maio, o Dia internacional da enfermagem e o Jornal A VERDADE traz-lhe a história de Rosália Soares e Inês Nogueira, mãe e filha, de Marco de Canaveses, que partilham a “paixão” pela área.

Sem qualquer ligação familiar à enfermagem, Rosália Soares revela que o gosto pela área surgiu “desde muito nova” e hoje conta com uma experiência profissional de quase 22 anos repleta “de momentos bons e maus. Nós lidamos com o sofrimento de muitas pessoas, muitas vezes ajudamos na fase final de vidas dos doentes, mas também existem as partes boas da profissão quando ajudamos as pessoas a ultrapassar momentos de dificuldade e esse é no papel”

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Apesar da gestão emocional “necessária nesta área”, ser enfermeira é a “profissão de eleição” de Rosália Soares. “A enfermagem é a profissão do amor à vida e aos outros. A arte de cuidar e ajudar o outro”, que sempre a cativou.

Habituada a ver a mãe a cuidar dos outros, Inês Nogueira seguiu os passos de Rosália Soares e decidiu ingressar no curso de enfermagem. 

Ao contrário da mãe, Inês cresceu a conviver bem de perto com a realidade do mundo da enfermagem, e também ela confessa ter sido uma paixão que “nasceu” consigo, “mas que ao longo dos anos se foi intensificando por influência. Fascinava-me poder ajudar as pessoas”, frisa.

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Rosália relembra as brincadeiras de infância da filha que eram, “sobretudo com bonecas e a fazer-lhes os curativos. Na escola os professores diziam que era a primeira a ajudar quando alguém se magoava. O ajudar, o servir e cuidar já estava intrínseco nela, há coisas que não se conseguem explicar”.

A frequentar o primeiro ano do curso de Enfermagem, Inês não tem dúvidas de que fez “a escolha certa” de um curso que está “a corresponder às expetativas”. Para a mãe “é um orgulho” ver a filha seguir a mesma profissão, mesmo sabendo das dificuldades que pode acarretar a nível emocional. “A enfermagem é um envolvimento de emoções muito grande, algo que não se aprende nos livros, é preciso amar e gostar do que se faz. Todos os dias são uma aprendizagem. Mas a minha filha é uma menina especial e forte, por isso vai saber lidar bem lidar com todas as emoções”.

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Perseguindo o sonho de trabalhar, “especialmente com crianças”, Inês confessa que gostava, um dia, de trabalhar com a mãe. “Já estou habituada a estar com ela, aprendo muito com ela, como sempre aprendi. Quando tenho alguma dúvida prefiro perguntar-lhe a ela, porque tem mais experiência”.

Quando escolheu ser enfermeira, Rosália Soares sabia que “ia cuidar das pessoas e dedicar-se com responsabilidade à profissão. O espírito de servir e cuidar está sempre presente”, sublinha. Hoje, não se imagina “a fazer outra coisa” e apoia a filha “a seguir em frente. Digo-lhe sempre: acredita que se tu fizeres com dedicação, vais conseguir e vais chegar lá. Há períodos de desânimo, claro, mas a esperança tem de estar sempre lá”

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Para além da paixão pela enfermagem, Inês partilha a mesma esperança que a mãe e acredita que para trabalhar na área “é preciso gostar de pessoas, de saúde e gostar de ajudar, acho que é o essencial na enfermagem”.

No dia internacional da enfermagem, a jovem de 18 anos, enaltece “o papel muito importante dos enfermeiros, que cuidam e olham para a pessoa. Para os jovens que querem seguir enfermagem e tiver esse fascínio, é uma área lindíssima”, conclui.