dia do pai cancela velha
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Manuel Monteiro realizou um “sonho” com a abertura do restaurante Cancela Velha, localizado no centro da cidade do Marco de Canaveses. Um projeto iniciado com a sua esposa, Fernanda, e com os filhos, Miguel e Ana, que vê, “com orgulho”, darem continuidade a este sonho.

É natural de Santa Leocádia, no concelho de Baião, e fala da mãe com “muito amor e carinho”, tendo dedicado a sua “mocidade” à progenitora. “A minha mãe foi mãe e pai, foi uma heroína”, disse, emocionado, acrescentando que herdou da mãe “a humildade e a educação, que foi o que a minha mãe sempre me transmitiu”.

Apaixonado pela hotelaria desde que se lembra, Manuel Monteiro trabalhou em vários estabelecimentos do Marco de Canaveses, até abrir o Cancela Velha. “É uma casa que sempre me encantou e consegui o que ambicionei. Nunca imaginei que iria ter tanto êxito. Os meus clientes são a minha família, se eles não estão comigo, não posso ter o que tenho, nem ser o que sou”, afirmou. Manuel Monteiro refere, por outro lado, que trabalhar na hotelaria é “uma vida de sacrifício” mas que “vale a pena. Ainda não descobri porque é que gosto tanto disto”. Para que seja possível, conta com uma equipa “que é a melhor do mundo. Sem eles, não era o homem feliz que sou, porque também eles fazem parte da minha vida”, disse.

Uma das peças fundamentais no seu dia a dia é a esposa, a Fernandinha, como é carinhosamente chamada por todos. “Sem ela não conseguia viver, sem ela não era ninguém. Tive a felicidade de ter uma mulher que é a coisa mais linda que Deus me deu, desde ser minha amiga até ser uma mãe incrível. É uma senhora, uma cozinheira de mão cheia. Na minha vida, nunca vou conseguir pagar a Deus a mulher que ele me deu. Quando há problemas, ela consegue resolver e ultrapassar as barreiras”, destacou.

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E os filhos? Para eles, Manuel Monteiro não tem palavras suficientes. “Sou para os meus filhos, o pai que não tive. É para eles que dedico o resto da minha vida. Trabalhar em família nem sempre é fácil, mas o amor perdoa tudo. Se me zangar com um deles e se, ao outro dia, não lhe dar um beijo ou um abraço, já me sinto triste. Orgulho-me dos filhos que tenho”, enalteceu.

E são estes filhos que dão continuidade ao projeto Cancela Velha, o que deixa Manuel Monteiro “de coração cheio. A maior alegria que posso ter é ver os meus filhos a dar seguimento a este projeto, se calhar ainda melhor do que eu, e essa é a minha maior alegria, saber que todo o sacrifício que tivemos, tudo o que alcançamos, fica com os nossos filhos”.

Outro dos “grandes amores” da vida de Manuel Monteiro são os três netos. “Ser avô, é ser pai duas vezes, mas no meu caso acho que é ser pai três vezes. São as coisas mais belas que o mundo nos dá, mas os nossos são sempre os melhores do mundo”. E para que seja possível passar tempo com os netos, o Cancela Velha está fechado ao domingo à noite. “É uma forma de podermos estar todos juntos. O dinheiro faz parte da vida, mas não faz parte da felicidade e estar com eles, dá-nos anos de vida, sem dúvida, vale mais este amor e carinho do que o próprio dinheiro”, descreveu.

Manuel Monteiro dedica-se, “de alma e coração” a todos os clientes do Cancela Velha, a quem faz questão de proporcionar “tudo o que precisam. Fazemos com que as pessoas se sintam em casa e isso é bom, não fazemos distinções entre clientes, todos são importantes para nós e todos merecem a melhor atenção”. Para estes clientes, este homem deixa uma mensagem: “fico muito agradecido, porque são um exemplo para o restaurante Cancela Velha, eu sem eles não era o homem que sou, não era feliz conforme sou, até os que partiram me deixam saudades, tantas vezes me lembro deles. Dou graças a Deus por ter estes clientes maravilhosos, não só cá, mas espalhados pelos quatro cantos do mundo. Sinto-me orgulhoso pelos meus clientes todos”, finalizou.