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Desde criança que a Serra da Aboboreira tem sido a inspiração fotográfica de Hélder Alves

Redação

Dias passados na Serra da Aboboreira, a captar a essência daquele local resultaram no "Greenway", o mesmo que dizer no projeto vencedor da primeira edição do concurso "ISCE Douro Multimédia Challenge", na categoria Melhor PAP (Prova de Aptidão Profissional).

Durante vários dias e acompanhado pelos pais, Hélder Alves fotografou pormenores da serra, um lugar que conhece desde pequeno e que lhe dá "orgulho". A perspetiva do jovem baionense de 17 anos foi refletida numa exposição, que esteve exposta na Biblioteca Municipal António Mota, em Baião.

O aluno e os pais

"Greenway" dá destaque, através da fotografia, à importância da preservação da Serra da Aboboreira, como destino sustentável e que Hélder Alves pretende promover. "Moro mesmo ao lado de uma das entradas na serra e raramente vejo pessoas a visitá-la. O meu objetivo é dar a conhecê-la e alertar para as questões da sustentabilidade".

O trabalho foi compilado numa exposição física, num eBook e numa exposição em 3D e na conquista de um prémio no concurso regional de multimédia, que garantiu ao ex-aluno da Escola Básica e Secundária de Vale de Ovil uma bolsa de estudo para frequentar a licenciatura em Produção de Conteúdos Interativos e Multimédia, no ISCE Douro.

O aluno e a professora Diana Peixoto

O projeto vencedor foi desenvolvido no âmbito do Curso Profissional de Técnico de Multimédia, sob a orientação da professora Diana Peixoto e entregue no aluno atural de Queimada, localidade de São João de Ovil, no dia 17 de julho, no Museu Municipal de Penafiel.

Foi a primeira vez que participou num concurso e foi "fantástico". Hélder Alves sabia que "tinha potencial, mas também havia outros projetos muito bons". Ficou com "dúvidas", mas é um "orgulho não só vencer o concurso, mas também dar a conhecer a serra. Tenho orgulho nas minhas raízes".

"A minha mãe tinha uma câmara antiga e eu pegava nela e tirava fotografias às paisagens"

O percurso na área da multimédia tem apenas uma resposta: a fotografia, uma área que gosta "desde pequenino. Adoro tirar fotografias. Na escolha do curso estava um bocadinho indeciso, em ir para ciências ou multimédia, mas depois pensei que se seguisse a segunda opção, no futuro, poderia aliar a fotografia ao gosto pelos animais. Com a fotografia consigo conjugar os dois e em Baião, por exemplo, é raro o fotógrafo que tire fotografias a animais, que eu conheça. Quem sabe um dia possa vir a ter um projeto desses e ser pioneiro no concelho", explica o jovem.

Hélder Alves foi descobrindo a "paixão" pela fotografia "sozinho" e recorda quando, era mais novo, pegava na "câmara antiga" da mãe e "tirava fotografias às paisagens, aos animais. Via e pesquisava informação na internet ... fui-me inspirando. Depois, quando comecei o curso, pedi uma máquina. Felizmente, os meus pais conseguiram oferecer-me e foi com essa máquina que fiz os projetos até agora. Foi a prenda mais especial até hoje", recorda.

Fotografias de Hélder Alves

À fotografia alia-se ao gosto pelos animais, que vem do avô. "Ele tem um campo, vários animais, e eu desde pequeno que ia ajudá-lo a cuidar de tudo. Foi aí que o gosto pelos animais começou a crescer".

A valorização do ensino profissional foi um dos objetivos do concurso "ISCE Douro Multimédia Challenge" e o jovem baionense elogia esse ponto. "A maior parte dos alunos escolheu o curso profissional a achar que ia ser fácil, para concluir o 12.º ano, mas depois perceberam que não. Quando iniciamos o curso percebemos que pode ser mais difícil do que o ensino regular", alerta.

Às vantagens de um curso profissional Hélder Alves aponta a vertente prática que, agora no ensino superior, têm sido "as bases. Comparando com colegas que vieram do ensino regular, estou num patamar diferente. Nota-se que eles têm uma maior dificuldade em fazer enquadramentos, por exemplo, mas como eu já tive no curso profissional já consigo adaptar-me melhor".

Para além disso, a entrada num curso profissional não implica, para o jovem, a exclusão de uma ida para o ensino universitário. "Quando entrei no curso a minha ideia já era seguir a faculdade. Informei-me se o podia fazer e sabia que conseguia, só tinha de me inscrever nos exames nacionais", explica o baionense que, numa mensagem a outros jovens, alerta para que "não fiquem para trás, atirem-se aos desafios. Se não for assim as coisas não se concretizam. É ver no que pode dar".

Quantos aos sonhos poderão passar por concorrer a alguns concursos mundiais e, quem sabe, fotografar na Fórmula 1. "Estou a descobrir o gosto por fotografar carros. É uma área muito ampla, posso seguir tanta coisa que gostaria de fazer um pouco de tudo", diz ainda o jovem que agradece o apoio de familiares, amigos e todas as outras pessoas que o têm ajudado.