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A música pode ser uma forma de ligar culturas e nacionalidades. É ouvida pelos quatro cantos do mundo e transmite variados sentimentos, emoções e mensagens. Rafael Silva é natural de Baião e foi na Suíça que começou a dedicar-se inteiramente a esta área. Recentemente, está a lançar os primeiros passos musicais em território luso.

Os pais de Rafael Silva estão emigrados na Suíça, mas só em 2017, depois de terminar os estudos e querer mudar de vida é que se juntou a eles. “Cheguei à Suíça, comecei a lutar pelos meus sonhos, comecei a trabalhar na noite, comecei a trabalhar na área da saúde. Então, disse que não estava a ser feliz naquilo que estava a fazer. No que eu realmente era feliz era a fazer música. Então, decidi arriscar e, para já, correu bem”, sublinha.

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O primeiro trabalho como artista foi em 2020 com um hino para a campanha de Natal de recolha de fundos de uma associação. Mas o jovem garante que a música “sempre esteve presente” na sua vida. “Sempre fui alguém muito ligado ao mundo artístico. Já quando era pequeno quis entrar em programas de televisão para fazer música”, conta.

Ao mesmo tempo que trabalhava como paramédico, desenvolvia projetos musicais e foi chegando a várias pessoas. “Gostei dos feedbacks das pessoas que estavam à minha volta, as pessoas começaram a dar-me coragem e a dizer que devia fazer mais sons”, lembra, referindo que chegou a fazer uma música em homenagem às vítimas de violência doméstica e outra em homenagem a uma pessoa que “amava e que, infelizmente, faleceu”.

No final do ano passado, a vida de Rafael Silva, também conhecido como Rafa Silva, sofreu uma reviravolta. Teve um problema de saúde que lhe causou uma paragem cardíaca e uma embolia pulmonar, precisando de ficar hospitalizado. “O meu estado de saúde era um bocado crítico e, então, decidi que, se tivesse de morrer, preferia morrer naquele país onde nasci, naquele país que é o meu país, no fundo. Então, quando tive alta hospitalar e assim que tive oportunidade e os médicos me disseram que sim, deixei a Suíça e voltei à ‘casa-mãe’. E decidi que ia lutar pelos meus sonhos e foi aí que voltei a trabalhar a 100% na música”, declara.

Em janeiro, rumou, então, novamente, a Portugal, à terra que o viu nascer. Tem dedicado todo o seu tempo à música e à função de diretor artístico numa discoteca em Penafiel. Recentemente, lançou o tema “Dis-moi”, em parceria com Filipe Coelho, que participou no programa “The Voice”.

O jovem afirma estar “surpreendido” com a recetividade e garante que está a ter “uma boa adesão e bons feedbacks”, não esquecendo de sublinhar também a “química artística” que sentiu ao gravar com o artista.

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É o primeiro trabalho que lança em Portugal e é também no final deste mês que vai pisar, pela primeira vez, um palco no seu país, em Paredes. Para o futuro, quem sabe, “ainda este ano”, vai lançar um EP, com várias parcerias. “Desta vez, decidi não estar sozinho na música. Vamos poder ouvir músicas com ritmos um bocado afro, pop francês e vamos tentar fazer uma viagem pelo mundo através do EP, porque vai chamar-se ‘Monde’. Vamos tentar fazer uma viagem sem sair de casa através da música – vai ser o objetivo deste EP”, revela.

Para jovens que estão a tentar lançarem-se no mundo da música, Rafa Silva aconselha a “nunca deixarem de lutar pelos seus sonhos, pois não é porque hoje não está a funcionar que amanhã não vai funcionar”. “É só com trabalho que alcançamos as coisas e para nunca se deixarem ir abaixo com as críticas dos outros. Pegar nas críticas e tornar em algo bom e construtivo para saírem de lá mais fortes. No meu caso, comecei a música com poucos apoios e hoje, graças a Deus, tenho bastantes pessoas que me apoiam na música e nem sempre é fácil fazer música sem apoios, portanto, para eles não desistirem, para irem atrás dos sonhos”, conclui.