vitorino soaresFoto: Diocese do Porto
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Esta terça-feira, dia 1 de novembro, assinala-se o Dia de Todos os Santos, em honra de todos os santos e mártires. O bispo auxiliar do Porto D. Vitorino Soares deixou uma mensagem de “esperança no futuro”.

“Comparava esse dia a outra Páscoa. A Páscoa a gente celebra habitualmente na ressurreição, mas esta é uma Páscoa de outono, porque também olhamos para Deus e olhamos para aquilo que Deus fez nas pessoas, de pessoas de carne e osso que conhecemos de perto, vivem connosco e que acabaram por atingir esse patamar e que fazem parte da Igreja. É uma parte à qual também estamos em comunhão”, disse.

D. Vitorino Soares relembrou ainda que o Dia de Todos os Santos celebra “não só aqueles que estão catalogados naquilo que é o cânone da Igreja e que a liturgia celebra diariamente, mas todos aqueles que não fazem parte exatamente dessa lista, anónimos, familiares, amigos”, deixando uma mensagem especial de “coragem, de esperança de viver a festa de todos os santos”.

“Acho que todos temos de viver um bocadinho a esperança no futuro e os santos apontam-nos um bocadinho para aí. Não nos colocam apenas no presente, mas apontam exatamente para amanhã, um amanhã que não conhecemos, mas um amanhã que acreditamos que seja feliz, que seja uma proximidade com Deus e com os outros. E, portanto, mesmo que os caminhos, muitas vezes, sejam tortuosos, mas parece que, às vezes, as coisas se distanciam em viver este ânimo, esta esperança e, particularmente, não só invocar os santos – normalmente, invocamo-los exatamente para que eles nos protejam -, mas recordar os santos exatamente como pessoas que estamos convidados também a imitar e, se eles chegaram, também acreditamos que com eles também havemos de chegar”, comentou.

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Foto: Diocese do Porto

O bispo auxiliar do Porto esclareceu ainda que, apesar de o dia 1 ser a altura que as pessoas se deslocam aos cemitérios prestar homenagem aos seus entes queridos, a 2 de novembro é que se assinala o Dia dos Fiéis Defuntos. “Quanto ao Dia de Todos os Santos, nós beneficiamos deles e, portanto, é um certo tesouro que está armazenado para cada um de nós. O Dia dos Fiéis Defuntos é mais um tempo de intercessão. Nós rezamos exatamente por aqueles que também precisam e que estão numa fase de purificação para atingir também essa meta da santidade”, completou.

Associado a esta ocasião está também a perda e o luto. “Para quem vive uma fase de luto e quem vive ainda o luto recente, é, sobretudo, estarmos unidos àqueles que já partiram, pedir-lhes a força também para caminharmos. E, sobretudo, que nós também possamos ser dignos daqueles que nos antecederam, que foram primeiro do que nós e, portanto, é também uma força, de certo modo, e uma luz também que ilumina a nossa escuridão, a nossa noite. Mas vivemos nesta comunhão com eles, que é uma comunhão espiritual. Que saibamos ser dignos, de facto, daqueles que já partiram e que eles se possam também orgulhar de nós”, acrescentou.