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Há três anos que a Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Frazão, no concelho de Paços de Ferreira, foi desafiada a ajudar a população durante a peregrinação até Fátima. Este ano regressa com 30 voluntários e vai voltar a cumprir a promessa de ajudar 160 peregrinos a chegar ao santuário.

Joaquim Sérgio Gomes, presidente da instituição, já experienciou fazer a peregrinação enquanto crente, mas confessa que prestar apoio acaba por ser, na sua opinião, “mais difícil do que ir a pé. Quem vai a pé tem esse sacrifício, mas, normalmente, vai motivado por uma crença. Quem vai no apoio tem outra preocupação que é preparar o bem estar dessas pessoas, para que elas consigam cumprir as suas promessas da melhor forma. Torna-se mais difícil e cansativo, porque nós preocupamo-nos com todos os aspetos da peregrinação, com todas as comodidades a serem tratadas. Pensamos em tudo, desde manhã até ao deitar, só nos deitamos às 01h00 e às 05h00 já estamos a dar apoio novamente”, conta. 

Assim, durante os dias de peregrinação, a cruz vermelha fica responsável por preparar todas as refeições, águas, locais de dormida, locais de banho, apoio com os colchões, fazer os primeiros socorros pelo caminho. Ao final do dia, Joaquim Sérgio explica que “ainda temos mais uma ambulância que leva enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, farmaceuticos, que nos ajudam na recuperação física e nos tratamentos das feridas dos peregrinos”. 

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Na retaguarda, Joaquim Sérgio sente que o trabalham de apoio que realizar é “muito gratificante. Nós ajudamos e este também é o espírito de missão da Cruz Vermelha, ajudar os outros a concretizar aquilo a que se prometeram. Quando chegamos a Fátima temos uma particularidade, chegamos lá e entramos todos juntos no santuário, por isso, o primeiro espera pelo último. Quando entramos vemos um sentimento de uma união muito forte e coeso e isso é reconfortante para nós“.

Ao fim de três anos, o presidente da Cruz Vermelha de Frazão afirma, convicto, de que não tem “dúvidas” de que as pessoas “reconhecem o esforço. Sentimos que as pessoas gostam e ficam gratas por aquilo que nós fazemos”. Aliás, este sentimento é confirmado pelo “aumento de peregrinos. Nós não abrimos mais por não termos essa capacidade de resposta”. 

Este ano, há pelo menos duas certezas que permanecem no grupo de voluntários: “garantir que ninguém fica para trás e que entramos todos juntos no santuário”.