ministra habitacao paredes 2023
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Na tarde desta sexta-feira, dia 15 de setembro, a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, visitou o concelho de Paredes, mais precisamente as obras das futuras novas 22 habitações destinadas à comunidade cigana, no âmbito do 1º Direito/PRR e as obras de reabilitação de 30 alojamentos para a Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário.

No final da primeira visita, o presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida, revelou que o conjunto habitacional beneficiará 22 famílias da comunidade cigana e terá um investimento na ordem dos três milhões de euros. “Para além do trabalho material, há todo um trabalho imaterial que dura há mais de dois anos para conhecer as especificidades dessas famílias, conhecer os seus agregados, fazer ver que as condições de vida vão melhorar, mas que também têm de colaborar connosco em algumas regras”, começou por explicar.

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Ao lado deste conjunto habitacional será criado um outro de rendas acessíveis, mais de 30 fogos, uma vez que o município não quer “uma comunidade isolada. Quando este prédio estiver finalizado, vamos ter ao lado pessoas da classe média, jovens em plena integração com esta comunidade. Prevemos que as 22 habitações estejam prontas prontas em maio/junho de 2024 e, nessa altura, serão demolidas de imediato as barracas”.

Para Alexandre Almeida, o programa 1.º Direito tem sido “fundamental, não só para resolver a questão de falta de condições de habitação da comunidade cigana, que tínhamos há mais de duas décadas em Paredes“, mas vai permitir “atender a uma classe média. Somos um dos concelhos mais jovens do país e aquilo que nos aflige é a falta de possibilidade de um casal jovem que se queira autonomizar ter onde ficar. Estas respostas mais de habitação social vão ser a nossa grande aposta. Queremos que os jovens se fixem em Paredes e, por isso, esta política é fundamental num contexto de grande subida dos preços e da subida da taxa de juro”.

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No total, serão dados três tipos de respostas: habitações sociais para as famílias de rendimento mais baixo; tipologias de rendas acessíveis; e habitação temporária, “por exemplo, para vítimas de violência doméstica”.

Acompanhada por Alexandre Almeida, e restante executivo, visitou, ainda, em Cristelo o local onde vão ser reabilitadas 55 habitações, no âmbito do 1º Direito/PRR. Em declarações aos jornalistas, Marina Gonçalves referiu que a primeira obra visitada “é uma concretização daquilo que está no primeiro direito e daquele que é o trabalho de articulação e de parceria entre os municípios e o Governo”. Para Marina Gonçalves, estas novas respostas serão uma “garantia da inclusão, da integração e a garantia de um projeto comunitário, onde a habitação tem um papel fundamental. Vamos garantir que as famílias, neste caso, da comunidade cigana que não vivem em condições dignas, vivam em condições integradas, com um conjunto de respostas que vão acrescentar e ao lado, também, para a classe média, para os mais jovens. É a melhor forma de podermos integrar, é termos todos as mesmas condições, a mesma habitação e termos um projeto onde todos somos parte dele e onde acaba por haver uma convivência saudável, que é fundamental para qualquer processo de habitação. Este é um bom exemplo, que trata qualquer família como eu gostava de ser tratada ou como o presidente de câmara gostaria de ser tratado”, frisou.

Abordada quanto às respostas para os mais jovens, Marina Gonçalves, garantiu que o Governo sabe da “dificuldade que um jovem tem de autonomizar” e, por isso, considera “importante reforçar instrumentos como os que tínhamos no Porta 65, uma resposta conjuntural, mas ter também um conjunto de projetos para poder chegar aos mais jovens. Temos de ter a capacidade de permitir que um jovem se fixe no seu território e faça escolhas pessoais e profissionais em função da sua escolha pessoal e não habitação”, acrescentou ainda.

A secretária de estado da Habitação, Fernanda Rodrigues, também participou nas visitas.