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A 17 de maio de 2003 Portugal conquistou, pela primeira vez, o Europeu de Sub-17 de futebol, depois de vencer a Espanha, por 2-1, na final do campeonato. Entre os vários jogadores encontrava-se Pedro Freitas, guarda-redes que, nos dias que correm, defende as redes da Associação Desportiva Marco 09 (AD Marco 09).  

Em entrevista ao Jornal A VERDADE, o jogador, hoje com 36 anos, recordou um dos momentos mais “emocionantes” da sua carreira e falou também um pouco do seu trajeto no futebol, até aos dias de hoje.

A paixão por este desporto “veio como a de todos os meninos que gostam de jogar futebol”, apesar de ter começado, com cinco anos, no andebol. “Fui para o futebol tinha, mais ou menos, sete anos e fiz todo o meu percurso no Vitória Sport Clube, de Guimarães, até chegar a sénior, onde cheguei a fazer dois anos na equipa sénior”, começou por referir.

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Quanto à posição de guarda-redes, Pedro Freitas conta que foi um “episódio caricato”, uma vez que a sua posição não era aquela. “Num treino, não havia guarda-redes e o treinador disse para eu ir um pouco à baliza, de onde nunca mais saí”, recorda.

E foi exatamente nesta posição, e com o número ‘1’ nas costas, que Pedro Freitas integrou o leque de jogadores que, em 2003, deram a Portugal o seu primeiro Europeu de sub-17. “Foi um ano antes do Europeu de 2004, da seleção A. Acabou por ser uma preparação. Lembro-me de ver as ruas cheias, sempre que fazíamos o percurso hotel-estádio. Na meia final e na final, nem se fala, o estádio estava cheio, não havia um lugar vazio e quando ganhamos foi uma emoção muito grande”, relembra, acrescentando que “é uma grande recordação”, o “apoio fantástico em Viseu”.

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O contacto com os colegas não é “frequente” mas afirma que são pessoas “muito importantes” porque partilharam momentos que se tornaram parte da história do país. “Por muito tempo que passe, quando voltamos a falar, recordamos tudo o que vivemos, naquele mês que tivemos todos juntos”, afirmou.

Após esta conquista, Pedro Freitas manteve-se “sempre ligado ao futebol”, com passagem por vários clubes da região e do país. “Fiz três bons anos no Fafe, na antiga Segunda B, e surgiu a hipótese de ir para o s Açores, para o Santa Clara, onde estive dois anos, na Segunda Liga. Acabei por jogar bastantes jogos, mas depois não consegui dar sequência… é o futebol”, aponta.

Chegar ao Campeonato de Portugal é objetivo 

Hoje em dia, veste as cores da AD Marco 09 que, atualmente, se encontra a disputar o play-off de acesso ao Campeonato de Portugal. “O balanço é fantástico, toda a gente tem de dar mérito ao que estamos a fazer, porque a Divisão de Elite não é fácil”, apontou. Sobre a fase em que o clube se encontra, Pedro Freitas não está com “meias medidas” e garante: “o objetivo é, claramente, a subida de divisão, não vale a pena esconder. Todas as quatro equipas querem subir, chegados a esta fase todos têm o mesmo objetivo”, garantiu. Após empatar com o Oliveira do Douro, fora de portas, a equipa de Pedro Freitas vai defrontar, este domingo o SC Coimbrões, em casa.

Para além de jogar, Pedro Freitas é também treinador de guarda-redes “numa escolinha”, em Guimarães. “Faço o que gosto, passo um pouco da minha experiência, que não é muita, aos meninos”, disse. Um trabalho que poderá ter futuro. “Não me vejo como treinador principal, mas como treinador de guarda-redes pode ser uma alternativa. Não sei o que me espera no futuro, mas claro que gostava de continuar ligado ao futebol”, disse.

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Em jeito de conclusão, o guardião da baliza vermelha e branca deixa um conselho a todos os “pequenos jogadores” que têm no futebol uma paixão. “Na fase inicial, jogar futebol é uma diversão. Façam as coisas com alegria e nunca desistam, porque ninguém é fraco. Quando estava no escalão infantil, fui dispensado, mas passado um ano era titularíssimo da mesma equipa. O que quero dizer com isto é que eu não desisti e cada pessoa tem a sua altura para dar o salto”, disse, acrescentando que “não deve haver pressão. O futebol tem de ser algo que dá gosto fazer, o importante é divertirem-se, num desporto que gostam, e deixar as coisas acontecer, dando tudo o que têm”, finalizou.

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