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Concelho de Lousada vai receber investimento na construção e ampliação de unidades de saúde

Redação

Município de Lousada vai investir 4.3 milhões na área da saúde.

O Auditório Municipal de Lousada foi palco da apresentação dos resultados do ACeS Tâmega III - Vale do Sousa Norte (Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras) esta terça-feira, dia 28 de novembro. Para além do balanço realizado no âmbito do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), foram ainda revelados novos investimentos na área da saúde.

No âmbito da apresentação dos resultados, Nelson Oliveira, vereador com o pelouro da Saúde do Município de Lousada, falou sobre os futuros investimentos neste concelho. Neste sentido, será construído um centro de saúde na área de Mezio. "Falamos de um investimento de 2 milhões e 600 euros que envolve as freguesias de Nevogilde, Nespereira, Casais, Figueiras, Covas, entre outras, mas também será destinado a outras pessoas que possam recorrer a este centro de saúde moderno, com características que os atuais não têm".

O concelho de Lousada irá também contar com a requalificação do Centro de Saúde de Lousada, no valor de cerca de 400 mil euros, bem como a ampliação do Centro de Saúde de Lustosa que embora seja "recente, serve a maior freguesia de Lousada. O volume de consultas que tem leva à necessidade de aumentar o espaço". Esta obra terá um custo de 280 mil euros.

Nelson Oliveira adiantou ainda que será realizado um investimento de cerca de 950 mil euros no Centro de Saúde de Meinedo. "Este centro esteve sempre na corda bamba mas, conseguimos dar a volta por cima e convencer a população e a tutela a investir ali. Vamos ampliá-lo". No que toca aos prazos de execução, o vereador adiantou que "o PRR tem de estar executado até 2026, mas obviamente que nós queremos ter algo visível no próximo ano". 

Em relação a Caíde de Rei, Nelson Oliveira defendeu que a "solução" é a criação de uma USF (Unidade de Saúde Familiar). "O problema de Caíde de Rei não é a falta de médicos mas, sim a sua fixação no território porque é uma zona de transição. Com a criação da USF vão existir equipas que aceitam envolver-se num projeto a longo prazo". Este investimento pretende também dar uma resposta para a população da freguesia de Meinedo.

Diretor executivo do ACeS fala de "um resultado muito grande"

Atualmente, o ACeS abrange 162 mil utentes e tem 90 médicos de família. Com base no estudo realizado, foi possível concluir que o ACeS levou a cabo "80% das atividades" e que teve como "grande aposta a vacinação e rastreios". 

No âmbito do PRR foram concretizados os seguintes objetivos: "efetiva centralidade no cidadão; valorização dos profissionais; qualificação de prestação de cuidados; melhoria contínua da qualidade (investimento de 14,941,905,00 euros em equipamentos de saúde, construção e requalificação de edifícios de saúde, bem como em viaturas elétricas)". O diretor executivo do ACeS, Hugo Lopes, fala de "um resultado muito grande" desenvolvido em "comunidade. O trabalho não é feito só pela direção do executivo do centro de saúde, mas também pelos autarcas da região (Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras) que fizeram uma grande trabalho de sensibilização da tutela relativamente aquelas que são as necessidades desta região".

Para além disso, salientou também o trabalho desenvolvido pela ARS Norte (Administração Regional de Saúde do Norte) no âmbito do "contexto daquilo que são os equipamentos clínicos/médicos que serão implementados na prestação. Ainda vamos ter 16 viaturas elétricas que serão atribuídas neste território e a cobertura com painéis fotovoltaicos de todos os edifícios de saúde. Deixo também uma nota ao presidente do Conselho Diretivo da ARS Norte que teve o rasgo e a visão de preparar este modelo de financiamento".

Para Nelson Oliveira o balanço é "positivo. Conseguimos dar um salto e investir na região. Inicialmente, estava sinalizado, no PRR, um investimento de cerca de 1.2 milhões de euros para o ACES mas, é com grande satisfação que nós vemos que este valor está na ordem dos 14 milhões de euros com um investimento de raiz em todos os concelhos, com requalificações de tudo aquilo que é necessário e, nesse sentido, é uma vitória de todos e também do estado e da boa aplicação dos fundos públicos que vão servir quem, efetivamente, devem servir: as pessoas".

"O utente é a verdadeira razão de existência da ULS"

Nos últimos oito anos, o ACeS Vale do Sousa Norte conseguiu, segundo Hugo Lopes, taxas de prestação "muito elevadas na maioria dos indicadores. Estamos a liderar a nível nacional na vacinação, em todos os rastreios populacionais, temos um índice de desempenho global que atingiu o terceiro melhor resultado no ano de 2022 em todo o país. Temos uma efetiva e determinada qualificação de prestação da atividade muito baseado no princípio da melhoria contínua que será melhorada com a nova ULS". 

Na visão do diretor executivo do ACeS, a ULS será "uma forma de consolidar estes resultados de uma forma mais articulada com toda a região. Obviamente que há coisas a melhorar, mas acreditamos que estando focados, todas estas pequenas insuficiências, que ainda se mantém na prestação de cuidados de saúde primários, poderão ser resolvidas".  Assim, a criação da ULS tem como "razão de existência o foco no utente". 

A análise tem como fundamento os resultados obtidos entre os anos 2015 e 2023. 

https://averdade.com/em-janeiro-a-uls-do-tamega-e-sousa-podera-ser-o-projeto-da-regiao/