Decorreu no dia 20 de setembro, uma reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil de Baião, na composição alargada, presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, com o objetivo de analisar a situação dos incêndios no concelho.
De acordo com os comandantes dos Bombeiros Voluntários de Baião, Alexandre Pinto, e de Santa Marinha do Zêzere, Márcio Vil, os incêndios ocorridos apresentaram “uma força e um potencial destrutivo sem precedentes no concelho. Devido às condições meteorológicas adversas, aliadas à escassez de meios humanos e viaturas de combate no terreno, os fogos ultrapassaram a capacidade de supressão”, referiram os comandantes que destacaram, também, “a excelente entreajuda e colaboração entre todas as entidades, o que permitiu assegurar como prioridade a defesa das populações e das habitações”, pode ler-se no comunicado da autarquia.
Paulo Pereira expressou o “profundo agradecimento pelo esforço, dedicação, empenho e coragem de todas as forças envolvidas na proteção das populações, dos bens e do território”, informando, ainda, que “está em curso o levantamento dos prejuízos, a ser realizado pelos presidentes de junta em articulação com a câmara municipal. Os casos de urgência social estão a ser prontamente apoiados pela autarquia”, frisou.
O autarca, acompanhado pelo vice-presidente e por técnicos do município, tem-se deslocado, diariamente, aos locais afetados, no sentido de, “por um lado constatar no terreno a real dimensão dos efeitos dos incêndios, e por outro, contatar com a população”.
Apesar de já terem sido realizadas reuniões com o Governo, com as juntas de freguesia e com os serviços municipais com o objetivo de acelerar a atribuição de apoios para a recuperação dos bens afetados e destruídos, a atribuição dos mesmos “só ocorrerá após a avaliação das ocorrências por parte das entidades competentes, sendo que o objetivo é restabelecer a normalidade para a população baionense o mais rapidamente possível”, ressalva a autarquia.
Na reunião foi igualmente salientada a importância da plantação de espécies arbóreas resilientes na envolvente das aldeias, como medida preventiva para travar o avanço dos incêndios. O coordenador municipal de Proteção Civil, José Manuel Ribeiro, anunciou que estão abertas candidaturas para projetos de reflorestação com espécies autóctones nas áreas circundantes às aldeias, em conformidade com este objetivo.
As diferentes entidades presentes, incluindo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, a Autoridade Local de Saúde, a E-Redes e a AFOCELCA, concordaram quanto à importância de “uma articulação contínua entre todas as partes, reafirmando o compromisso em trabalhar em prol do bem-estar dos baionenses”, é referido na mesma nota.